A nave espacial foi lançada em órbita, na quinta-feira, por um foguetão Longa Marcha-2F a partir do centro de lançamento de satélites de Jiuquan, no oeste da China, de acordo com a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.
O veículo, que difere da nave tripulada Shenzhou e dos veículos de carga Tianzhou, que só podem ser utilizados uma vez, “vai efetuar a verificação da tecnologia reutilizável e experiências científicas espaciais, a fim de fornecer apoio tecnológico para o uso pacífico do espaço”, indicou a agência.
A China tem vindo a desenvolver veículos espaciais reutilizáveis há vários anos, com o objetivo de reduzir os custos de lançamento e aumentar a frequência das missões espaciais.
Em maio passado, um veículo espacial experimental reutilizável regressou à China após 276 dias em órbita.
O sucesso desse teste marcou “um avanço importante na investigação da tecnologia de veículos espaciais reutilizáveis” e proporcionou “uma forma mais conveniente e económica de ir ao espaço e regressar”.
Inicialmente previsto para descolar à mesma hora, o veículo espacial reutilizável Boeing X-37B, dos Estados Unidos, continua estacionado no topo de um foguetão Falcon Heavy da SpaceX, no Centro Espacial Kennedy, na Florida, após adiamentos atribuídos a más condições meteorológicas e a problemas no local de lançamento.
A missão, conhecida como USSF-52, é a sétima missão do avião norte-americano em órbita desde 2010 e a segunda viagem com um foguetão SpaceX.
A Força Espacial norte-americana planeia realizar uma vasta gama de testes, incluindo a operação em novos regimes orbitais, a experimentação de futuras tecnologias de sensibilização para o domínio espacial e a investigação do efeito da radiação nos materiais.
O Chefe de Operações Espaciais, General B. Chance Saltzman, disse que o futuro do X-37B podia ser mais brilhante do que nunca graças à competição da China com o Pentágono.
O país asiático completou anteriormente um teste de aterragem vertical de foguetões numa plataforma em alto mar, lançando as bases para a recuperação de lançadores e a sua subsequente reutilização.
Outras empresas, como a norte-americana SpaceX, desenvolveram peças recuperáveis nos últimos anos.
Na última década, Pequim investiu fortemente no programa espacial e alcançou marcos importantes, como a aterragem bem-sucedida de uma sonda no lado mais distante da lua, em janeiro de 2019, um feito que nenhum país tinha conseguido até à data, e a construção de uma estação espacial.
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