“Espero que [a obra] seja financiada ainda pelo PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] ou, se não for pelo PRR, que seja pelo [Programa] Portugal 2030. Ainda não está fechado, mas está o compromisso assumido: é para lançar a obra a concurso e fazermos. Temos o compromisso com a Universidade do Minho, com a escola de engenharia aeroespacial e com o CEiiA, que vai lá ter uma sala de trabalho”, afirmou Domingos Bragança (PS), aos jornalistas.
O autarca falava à margem da apresentação do ‘Guimarães Space Hub’ e da assinatura de protocolos, um deles com o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento, sediado em Matosinhos, “para o desenvolvimento do projeto do Centro de Operações do Atlântico, que controlará um conjunto de 16 satélites para a monitorização do Atlântico e das florestas, que será construído pelo consórcio liderado pela empresa portuguesa GeoSat, até ao final de 2025”.
Domingos Bragança deu conta de que “o projeto está concluído, está a ser validado pelas diversas entidades”, esperando “lançar o concurso de obra ainda este mês”, que considera ser muito relevante para afirmar a cidade neste setor.
“É muito importante para a afirmação de Guimarães no aeroespacial, não só na ciência, mas também na indústria e nos serviços do aeroespacial. Este ‘Guimarães Space Hub’ é exatamente para construirmos esse caminho bem alicerçado para trazermos para Guimarães empresas que operam mundialmente através do CEiiA, da Universidade do Minho. Guimarães é a plataforma colaborativa com outros territórios em que o CEIIA e as universidades estão a trabalhar, nomeadamente com o IMT e outras universidades e empresas”, explicou o autarca.
Domingos Bragança acredita que o futuro centro tecnológico do setor da indústria aeroespacial vai potenciar a criar oportunidades de trabalho a “jovens muito qualificados”, deixando um repto aos empresários e aos cientistas investigadores.
“Desafio a todos, àqueles que têm talento, para aproveitarem as oportunidades e criarem as suas empresas, neste conjunto excecional em plataforma colaborativa que nos dá a indústria aeroespacial”, vincou o presidente da câmara.
Domingos Bragança espera que futuramente possa ser desenvolvido e construído um satélite “made in Guimarães”.
José Rui Felizardo, presidente do CEiiA, mostrou-se orgulhoso por assinar estes protocolos com a Universidade do Minho (UMinho) e com a câmara, garantindo que os mesmos não vão ser “um conjunto de vazio”, e que “haverá um grande empenhamento do CEiiA”, em especial, com os alunos de engenharia aeroespacial da UMinho, que praticamente lotaram o auditório do Teatro Jordão.
O reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, deixou a mesma garantia, manifestando a convicção de que estes protocolos tenham “efetiva concretização”.
Segundo este município do distrito de Braga, os protocolos hoje assinados entre as três entidades reforçam a aposta nesta área.
“O município de Guimarães, a Universidade do Minho, através da Escola de Engenharia, e o CEiiA reforçam uma importante colaboração que tem como objetivo a concretização desta estratégia, através da criação das melhores condições que permitam a fixação de recursos altamente qualificados, com vista à colocação do conhecimento científico e da tecnologia ao serviço da indústria, da sociedade e da qualidade de vida das pessoas”, sublinha a autarquia.
Ainda de acordo com a autarquia, o ‘Guimarães Space Hub’ “beneficiará do papel ativo e determinante da Escola de Engenharia da UMinho, nomeadamente da Engenharia Aeroespacial, e da elevada competência científica e tecnológica do CEiiA, no desenvolvimento de novos produtos e serviços nos setores da Aeronáutica e Espaço, assim como no estabelecimento de parcerias internacionais de referência no setor”.
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