O jornal Expresso e a SIC Notícias voltaram a ter disponíveis páginas online após o ataque informático à Impresa, dona dos dois títulos, no domingo.

Num editorial, a direção do Expresso garante estar a fazer "todos os esforços para recuperar" a presença do jornal na Internet, sem adiantar, no entanto se os dados dos subscritores foram comprometidos.

Aos assinantes, a direção do semanário pede desculpas e compreensão, afirmando estar "a fazer tudo o que podemos para lhe entregar de volta os nossos exclusivos, assim como para garantir a entrega nas bancas da próxima edição semanal do Expresso – também em papel, claro está".

Acrescenta ainda estar "de forma permanente e incessante, a colaborar com as autoridades e a desenvolver as acções necessárias no sentido de resolver a situação tão rápido quanto possível."

No domingo, a Impresa confirmou que as páginas eletrónicas do Expresso e da SIC, bem como algumas das suas páginas nas redes sociais, estavam temporariamente indisponíveis, devido a um ataque informático e que estavam a ser desencadeadas "ações no sentido de resolver a situação".

Várias páginas do universo Impresa ficaram indisponíveis, após os autores do ataque terem "sequestrado" os dados. No domingo, era possível ler uma mensagem dos atacantes no site do 'Expresso': "Os dados serão vazados caso o valor necessário não for pago. Estamos com acesso nos painéis de 'cloud' (AWS) entre outros tipos de dispositivos. O contacto para o resgate está abaixo", podia ler-se na mensagem disposta pelo grupo no endereço do semanário.

Os valores exigidos pelo grupo não foram detalhados.

Entretanto, a Impresa anunciou que iria apresentar uma queixa-crime contra os autores.

"O grupo Impresa tem trabalhado com as autoridades competentes, nomeadamente com a Polícia Judiciária e com o Centro Nacional de Cibersegurança, e apresentará uma queixa-crime", lê-se no comunicado enviado à agência Lusa no domingo.

A Impresa classificou o sucedido como um "atentado nunca visto à liberdade de imprensa em Portugal na era digital", e afirma que as páginas do Expresso e da SIC, "bem como algumas das suas redes sociais, foram esta manhã [domingo] alvo de um ataque informático”.

"Os jornalistas dos dois meios da Impresa continuam a noticiar o que de mais relevante acontece no país e no mundo através das páginas que permanecem ativas do Expresso (#liberdadeparainformar) e da SIC, no Facebook, no Linkedin e no Instagram", assinalou ainda a empresa, no domingo.

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