A Anchorage emitiu um comunicado esta quarta-feira em que informa ter recebido um novo investimento de 350 milhões de dólares (310 milhões de euros) em série D. Esta angariação de capital eleva a avaliação da empresa para os mil milhões de dólares, fazendo com que o banco de criptomoedas se junte ao clube dos apelidados "unicórnios". Depois do anúncio de hoje, são agora sete as empresas com este estuato que contam com ADN português.

Fundado em 2008 por Diogo Mónica, o Anchorage Digital Bank é o primeiro banco de criptomoedas aprovado a nível federal nos EUA.

De acordo com uma nota hoje divulgada, a ronda foi liderada pelo fundo norte-americano KKR (o mesmo investiu nas também portuguesas OutSystems e Feedzai) e contou com investidores como a Goldman Sachs, a Alameda Research, a Andreessen Horowitz, a Apollo e fundos e contas geridas pela BlackRock, a Blockchain Capital, a Delta Blockchain Fund, entre outros.

Citado pelo comunicado, Diogo Mónica indica que este investimento coloca a empresa que co-fundou "numa posição confortável para responder à procura institucional sem precedentes deste mercado em rápida evolução".

"À medida que mais e mais instituições procuram acrescentar serviços cripto às suas ofertas, encontramo-nos num ponto de inflexão", explica ainda o presidente da Anchorage Digital Bank, que aproveitou a nota para agradecer à KKR e demais investidores por partilharem a visão da sua empresa "de expandir o acesso institucional regulado aos ativos digitais".

Com os 350 milhões de dólares agora angariados, a Anchorage tem ambições para melhorar as suas infraestruturas e "acelerar e simplificar o envolvimento dos clientes com o que há de mais recente em inovação cripto e aumentar a sua equipa e clientes para continuar a expandir a oferta de produtos". Para isso, salienta que vai contar e apostar "no talento português".

O que faz em concreto a Anchorage Digital Bank?

Falar do Anchorage Digital Bank é falar de Diogo Mónica. Apesar de ter nascido nos Estados Unidos da América, regressou a Portugal ainda criança e foi por cá que concluiu a formação no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa. A tese de doutoramento levou-o de volta aos EUA, onde acabou por construir  uma carreira nas Fintech, tendo depois sido um dos co-fundadores da Anchorage.

No início deste ano, a empresa anunciou a aprovação federal, tornando-se no primeiro banco de criptomoedas nos Estados Unidos. Pouco tempo depois, também a Visa revelou uma nova parceria com a fintech, através de um programa-piloto - o "Crypto APIs" - que vai permitir aos bancos oferecerem serviços com criptomoedas, como armazenamento, compra e venda de bens digitais. Na prática, a utilização da plataforma bancária da Anchorage vai permitir à Visa integrar recursos como a bitcoin e outras moedas digitais no leque de serviços.

Foi neste âmbito que o The Next Big Idea (TNBI) esteve à conversa, em março, com Diogo Mónica, que nos contou como é que a viagem daquele que hoje se tornou no novo unicórnio com ADN português começou. 

Para saber mais sobre a Anchorage Digital Bank também pode ler este artigo ou então aproveitar para recordar aqui a conversa completa com o fundador da empresa.

(Notícia atualizada às 16:25)

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