Na operação, designada “Código Reverso”, participaram mais de 100 polícias federais, que tinham como missão cumprir 43 mandados de prisão, de busca e de apreensão em quatro Estados do Brasil: São Paulo, Pernambuco, Tocantins e Goiás.

Segundo os ‘media’ locais, foram detidas até ao momento seis pessoas no âmbito da operação.

A polícia federal brasileira informou que o grupo organizado utilizava programas maliciosos (também designados como ‘Malware’ ou ‘software’ malicioso) para aceder remotamente aos computadores das vítimas e realizar transações bancárias eletrónicas fraudulentas, como pagamentos, transferências e compras via Internet.

Os elementos desta rede de cibercrime conseguiram iludir os mecanismos de segurança dos bancos que, nos últimos nove meses, registaram perdas na ordem dos 10 milhões de reais (cerca de 2,5 milhões de euros).

Os membros desta rede organizada tinham um alto padrão de vida e tinham empresas registadas que eram utilizadas como fachada para movimentar e ocultar o dinheiro obtido através de atividades ilícitas, de acordo com informações recolhidas ao longo da investigação da polícia federal brasileira.

Também investiam em moedas virtuais, como o bitcoin, para efetuar lavagem de dinheiro ilícito.

A par dos detidos, as autoridades também identificaram várias pessoas que alegadamente também participavam nas fraudes, incluindo empresários que recorriam aos serviços destes presumíveis cibercriminosos para conseguir vantagens competitivas no mercado e prejudicar a concorrência.

A justiça brasileira ordenou a apreensão de bens e de imóveis e o bloqueio das contas bancárias dos suspeitos sob investigação.

Os suspeitos vão responder por crimes de associação criminosa, falsificação de documentos públicos, uso de documentos falsos, roubo qualificado e lavagem de dinheiro, delitos que podem incorrer numa pena de prisão superior a 30 anos.