A Speedfactory da Adidas abriu em Atlanta, na Geórgia. Comparando com as restantes fábricas de calçado, tem uma grande diferença: foi implementado um sistema de fabricação completamente automatizado, o que permite uma maior velocidade de produção. Contudo, a fábrica emprega cerca de 150 pessoas. Além disso, muda geograficamente a produção da marca — habitualmente os sapatos são produzidos na Ásia —, o que também acelera o processo.

O primeiro modelo produzido é o AM4NYC, criado especificamente para as ruas de Nova Iorque e já está à venda desde quinta-feira, 26 de abril. Andar nas ruas da cidade que nunca dorme é ter de mudar de direção rapidamente, é ter de contornar obstáculos e pessoas. Por isso, este modelo combina a velocidade e flexibilidade dada pela fábrica. E mais: são personalizados.

Vai ser possível inserir patches e outros detalhes nos sapatos, conforme o gosto de cada um. “A Speedfactory é capaz de personalizar o sapato indefinidamente enquanto está num processo de engenharia automatizada. Podemos ajustar o sapato para a personalização que o consumidor pretende. Este é o objetivo: personalização completa, mas sem comprometer a velocidade”.

A Speedfactory é, como o nome indica, sobre velocidade. “Temos a ambição de ter 50% das nossas vendas sob o que chamamos programas de velocidade. Isso significa que o produto que é criado numa temporada sai [para os mercados] nessa mesma temporada”, referiu GIL Steyaert, membro do conselho executivo da marca e responsável pelas operações globais à Business Insider.

Por norma, o facto de os produtos habitualmente serem produzidos apenas num continente também leva a que não se consigam repor stocks tão rapidamente, mas com esta tecnologia será mais simples.

Metas até 2020

Até 2020, o objetivo da marca é criar um milhão de pares de sapatos por ano com as Speedfactory, primeiro em Atlanta e depois na Alemanha. Apesar de ser um número significativo, é pequeno quando comparado com o total de sapatos que a Adidas produz por ano: em 2017 foram produzidos 403 milhões de pares de sapatos, o que significa, em média, mais de um milhão por dia. Contudo, a ideia é que as Speedfactory complementem as restantes fábricas, sem serem suas substitutas.

Numa marca que tem vindo a crescer mais de 30% por ano, o importante é não parar. Nos últimos tempos, a Adidas fez ainda investimentos nos seus armazéns nos Estados Unidos e pretende abrir um outro em New Jersey, dedicado ao comércio eletrónico, o que tornará Nova Iorque numa das “cidades-chave” da marca, com possibilidade de entregas no próprio dia da encomenda.


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