A plataforma que pertence ao grupo chinês ByteDance, conquistou primeiro os mais jovens, mas também os adultos estão a adotá-la amplamente, especialmente desde a pandemia de covid-19, sublinha um relatório da Insider Intelligence, divulgado esta quinta-feira.

Este ano, “os utilizadores do TikTok dos 25 aos 54 anos — ‘millennials’ e ‘geração X’ – passarão mais de 45 minutos por dia na aplicação, muito mais do que o tempo gasto por utilizadores da mesma faixa etária em outras redes sociais”, indica a empresa de pesquisa de mercado.

O TikTok ultrapassou o gigante da indústria YouTube (Google) em 2021 no tempo gasto por adultos em cada plataforma.

Em 2024, a Insider Intelligence prevê que os utilizadores do TikTok com mais de 18 anos passarão mais de 58 minutos por dia, em média, na rede social, atrás apenas do Netflix (62 minutos) e muito à frente do YouTube (48,7 minutos).

Por outro lado, os esforços das redes sociais da Califórnia para imitar os vídeos virais de curta duração tiveram efeitos mistos, segundo a análise.

No YouTube, os ‘shorts’ “não agitaram as águas”, enquanto os ‘reels’ da Meta, empresa-mãe do Facebook e Instagram, estão a ter algum sucesso, mas o tempo que os utilizadores passam a vê-los canibaliza o tempo gasto nos outros formatos, no ‘feed’ principal e nas ‘stories’, que mostram mais anúncios e consequentemente trazem mais dinheiro para o grupo.

O relatório também menciona o fenómeno ‘segundo ecrã’, sendo que os utilizadores costumam estar no TikTok enquanto a Netflix está a reproduzir em segundo plano.

“Os anunciantes que planeiam comprar publicidade na Netflix devem estar cientes de que alguns espetadores podem distrair-se a ponto de abandonar a sua plataforma streaming”, sublinha a Insider Intelligence no relatório.

Estas estatísticas mostram a importância do TikTok nos Estados Unidos, onde possui mais de cem milhões de utilizadores neste país.

Mas a sua ligação à ByteDance preocupa as autoridades norte-americanas, que temem que Pequim utilize a rede social para aceder a dados confidenciais ou para manipular a opinião pública.

O TikTok nega estas intenções há anos, mas as tensões entre os dois países e, recentemente, a passagem de um alegado “balão-espião” chinês sobre os EUA, fizeram regressar os apelos para que a postura norte-americana permaneça firme contra a China.

Na quarta-feira, um projeto de lei que pode levar à proibição total da plataforma nos Estados Unidos foi aprovado como um marco importante no Congresso dos Estados Unidos.

Já na segunda-feira, a Casa Branca determinou que as agências federais devem assegurar que o TikTok esteja fora dos dispositivos móveis oficiais dos seus funcionários em 30 dias, depois da sua proibição ter sido aprovada em lei no final de dezembro.

Vários estados e instituições académicas norte-americanas tomaram medidas semelhantes.

Na Europa, a Comissão Europeia (CE), o Conselho da União Europeia (UE), Parlamento Europeu (PE), o Comité das Regiões (CdR) e o Conselho Económico e Social (CES) já anunciaram que vão proibir o TikTok dos seus dispositivos móveis oficiais, numa altura em que procuram proteger-se melhor face ao aumento dos ciberataques.

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