De acordo com o estudo, citado pela agência espacial norte-americana NASA, que operou a sonda, os mares de Titã têm uma altura média, a que se chama "nível do mar", à semelhança do que sucede com a superfície dos oceanos da Terra.

No entanto, ao contrário dos oceanos da Terra, que têm água líquida, os mares e lagos de Titã estão cheios de hidrocarbonetos.

O novo estudo, publicado na revista Geophysical Research Letters, sugere que os lagos da lua de Saturno que estão mais próximos comunicam entre si e partilham um nível comum de líquido, tal como acontece com os oceanos na Terra.

O "nível do mar" é a altura média do oceano relativamente à terra tendo em consideração as diferenças provocadas pelas marés.

A investigação, conduzida por cientistas da universidade norte-americana Cornell, também se socorreu da nova cartografia completa de Titã.

O novo mapa cartográfico da maior lua de Saturno, elaborado por astrónomos da mesma universidade, revelou que a superfície de Titã é mais plana do que se pensava anteriormente, e possui novas montanhas, nenhuma delas com altura superior a 700 metros, segundo um comunicado da instituição.

Os cientistas sugerem que duas zonas na região equatorial de Titã são depressões geológicas que podem ser resquícios de mares antigos que secaram ou de criovulcões, vulcões gelados que expelem água ou metano em vez de lava.

O mapa foi feito com base nas observações da Cassini e num algoritmo.