“Este é um bom exemplo de como os fundos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] podem ter um papel importante na transformação do país”, considerou o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre.

Durante a inauguração da UC Factory Lab, um espaço inovador e inédito em universidades nacionais, o ministro da Educação destacou a vantagem deste tipo de laboratórios, com uma abordagem aprofundada.

Instalado numa área de 300 metros quadrados, no Departamento de Engenharia Química do Polo II da Universidade de Coimbra, este equipamento foi desenhado segundo o conceito de learning factory, que recria um espaço industrial, adaptável a diversos sectores, da nano-farmacêutica à indústria automóvel e da siderurgia à refinaria, entre outros.

É vocacionado para o ensino prático das engenharias nas suas múltiplas vertentes, tendo como objetivo reforçar a formação prática de estudantes, com a aplicação de recursos emergentes na indústria, como digitalização, automação, robótica avançada, realidade aumentada, realidade virtual, inteligência artificial, ‘big data’, internet das coisas (IoT) e sustentabilidade.

De acordo com o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, este é um “projeto realmente transformador”.

“Achámos que seria uma aposta ganhadora e que o poderíamos fazer. É um bom exemplo de investimento no âmbito do PRR”, alegou.

Amílcar Falcão disse ainda ambicionar que este seja um “local importante” de visita de alunos pré-universitários, onde também já há pessoas a trabalhar em teses de mestrado, podendo ainda servir de plataforma de formação para profissionais de empresas.

O UC Factory Lab foi desenvolvido considerando três áreas principais que se interligam: robótica, controlo virtual e realidade aumentada, células de produção e intralogística.

A área de robótica permite a formação em várias competências através de quatro tipos de equipamentos: robô móvel, manipulador colaborativo móvel, manipulador colaborativo e robô quadrúpede para assistência.

Nas salas de controlo virtual (VCR) e de realidade virtual (VRR) são simulados processos industriais e controlados virtualmente os processos de produção à escala real.

Nas células de produção, com unidades autónomas e flexíveis que agrupam equipamentos, robôs e operadores, são realizadas tarefas específicas de produção.