O acordo de três anos, noticiado pela imprensa norte-americana, exige uma ratificação pelos membros da WGA e foi confirmado pelo representante Jarryd Gonzales, após o contrato atual ter expirado, sem que tenham sido adiantados mais pormenores.
No decorrer das negociações, que se iniciaram a 13 de março para discutir compensações financeiras e planos de saúde, os envolvidos não prestaram declarações à comunicação social.
Os membros da WGA votaram de forma maciça, no mês passado, para autorizar uma greve e, caso não se chegasse a um acordo, a WGA poderia avançar com a paralisação imediata.
A greve anterior gerou visibilidade para as reivindicações dos argumentistas, com a propagação da sua mensagem pelas redes sociais e o apoio de várias celebridades como a atriz Julia Louis-Dreyfus ou a também escritora Tina Fey.
O "Daily Show", na altura coordenado por Jon Stewart, o "Colbert Report", de Stephen Colbert, e o programa de Conan O'Brien chegaram a envolver-se numa troca de palavras humorísticas, com os protagonistas a invadirem os programas uns dos outros, de modo a preencher tempo deixado vago pela ausência dos argumentistas.
Um dos motivos para esta greve seria a mudança na forma como a televisão é distribuída através de plataformas de ‘streaming’, como a Netflix e a Amazon, mas também a televisão por assinatura e a cabo, o que tem introduzido modificações na produção para aquele meio.
Apesar de estarem a ser produzidas mais séries - 455 nesta temporada, mais do que o dobro em relação há seis anos - as temporadas têm vindo a ser diminuídas, com menos episódios.
A produção de épocas mais curtas, 10 ou 12 episódios por temporada, significa menos custos com os argumentistas, cujo pagamento é estruturado numa base por episódio.
Vários atores apoiam a causa e reconhecem as fragilidades da indústria, como a escritora e atriz Lena Dunham, que frisou que nunca teria o seguro de saúde que tem sem o sindicato (a Guild, em inglês).
O presidente da CBS, Les Moonves, já se havia mostrado otimista de que o acordo seria alcançado sem uma greve.
Comentários