À semelhança das restantes edições, o festival nacional mais antigo em continuidade aposta numa programação de qualidade, que conta com bandas de vários países e géneros musicais, do ‘hip-hop’ ao ‘reggae’, passando pelo fado, trance e eletrónica.
Entre 23 e 25 de agosto, a Praia Formosa vai ser palco para nomes conhecidos do público português, como Camané, Linda Martini ou Groundation, mas também para novidades como a ‘rapper’ sueca Yarah Bravo, em estreia absoluta em Portugal, a abrir o festival.
À atuação de Yarah Bravo, na quinta-feira, segue-se Djeli Moussa Condé e Groundation, e o encerramento, que estava programado para os australianos Oka, que tiveram que cancelar a vinda por motivos de saúde, fica agora a cargo dos Octa Push.
Também na sexta-feira, dia em que sobem a palco Camané, Orlando Julius & The Heliocentrics e os marienses Ronda da Madrugada, o ‘live-set’ de Loopido foi substituído por Magupi & Peter Xenoben.
O alinhamento do último dia do festival mantém-se inalterado, com os portugueses Linda Martini a abrirem a noite, que se prevê de festa, com Terrakota, Dubioza Kolektiv e Olive Tree Dance.
Como já é tradição, pelo certame passam diversos estilos musicais, de diversos pontos do mundo, numa aposta da direção artística do festival, atualmente a cargo de Pepe Brix, que afirma que “a Maré de Agosto é um festival com 34 anos, que habituou os seus festivaleiros e as pessoas que gostam de vir ao festival a surpreendê-los com bandas que muitas vezes não circulam no circuito mais ‘mainstream’.”
Muito do encanto do evento passa, também, pelo ambiente em que se insere, na baía da Praia Formosa, que lhe confere uma identidade singular, tendo sido reconhecido pela nomeação do festival nas categorias de “Best Camping Site” e “Best Hosting & Reception” pelos Iberian Festival Awards, uma distinção que enche a organização de orgulho.
Para a direção, “é um motivo de orgulho trazer a Portugal projetos que nunca cá estiveram, apesar de que o nosso foco é trazer à Maré projetos que nunca estiveram nos Açores, acima de tudo. A grande parte das pessoas que cá vêm são açorianos, e o nosso público-alvo serão sempre os açorianos.”
Os 34 anos de existência do festival deixaram um impacto na ilha, acredita Pepe Brix, sublinhando que “a Maré foi ao longo dos anos, e ainda é hoje, uma influência enorme para os mais aficionados pela música”.
O diretor artístico acredita que essa influência se deve ao facto de “o festival não ter só uma componente de entretenimento, mas também uma componente didática, até porque, uma das coisas em que o festival, durante muitos anos, em muitas edições, apostou foi também na elaboração de ‘workshops’ com os músicos que cá vinham. E tudo isso foi, obviamente, aumentando o gosto que os marienses têm pela música”.
Exemplo disso são os Ronda da Madrugada, uma banda de Folk Rock mariense, que celebra este ano 20 anos de carreira com um álbum ao vivo que será, em parte, gravado durante o concerto marcado para dia 24 de agosto.
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