A mostra, intitulada “À descoberta das reservas do Museu Municipal Pedro Nunes – A Azulejaria do Século XVI”, pode ser apreciada pelos visitantes entre terça-feira e domingo, das 09:30 às 13:00 e das 15:00 às 18:30, verificando-se a última entrada “sempre meia hora antes” do encerramento do espaço, indicou o município, em comunicado.
As 11 peças de azulejaria hispano-árabe que constituem a exposição integram três pequenos painéis ou são azulejos avulso, segundo a autarquia.
Chegado à Península Ibérica através da expansão islâmica, o azulejo teve a sua origem em “Valência, Sevilha e Marrocos”, que o exportaram para Portugal “durante os finais do século XIV, século XV e 1.ª metade do século XVI”, explicou a câmara.
“Entre os séculos XV e XVII, o azulejo revestia interiores de igrejas e palácios, tetos, claustros, salões, degraus, escadarias, bancos, fontanários e canteiros de jardim. Até meados do século XVIII as habitações particulares não utilizavam o azulejo a não ser em alguns registos nas frontarias, com a invocação de santos”, disse.
Após esta fase, acrescentou, “esses registos multiplicaram-se, facto atribuível à crença dos proprietários em como estas imagens protegiam as suas habitações”.
Na 2.ª metade do século XIX o uso do azulejo na fachada “tornou-se um dos elementos dinamizadores da arquitetura, concedendo um novo colorido à paisagem urbana”, e surgiu “como um fenómeno urbano”, pode ler-se no comunicado.
Escavada no subsolo do castelo e do antigo Convento de Aracoelli, atualmente transformado em pousada, a Cripta Arqueológica é hoje um dos marcos patrimoniais mais visitados do concelho de Alcácer do Sal.
O monumento “proporciona uma leitura diferenciada de 27 séculos de história que se entrecruzam no mesmo espaço subterrâneo”.
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