A 20.ª edição da bienal vai ser inaugurada hoje, às 15:30, no fórum cultural daquela vila do distrito de Viana do Castelo, numa sessão presidida pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
O evento vai decorrer até 23 de setembro, com o tema “Artes Plásticas Tradicionais e Artes Digitais – O Discurso da (Des)ordem”, “mantendo o formato adotado desde a primeira edição, em 1978, afirmando-se como um local de encontro, debate e investigação de arte contemporânea, num programa concertado com o ensino superior das artes a nível Europeu”, segundo a organização.
De acordo com a Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC), que organiza o evento, a homenagem ao pintor Cruzeiro Seixas, “um dos máximos expoentes do surrealismo português”, inclui uma mostra retrospetiva da sua obra plástica e poética.
“Através das 120 peças em exposição, provenientes de coleções públicas e privadas, será proposta ao público uma nova reflexão sobre o movimento artístico”, sustentou a organização.
Ao longo do evento, “serão apresentadas mais de 600 obras, de 400 artistas, de mais de 30 países”.
De acordo com dados da FBAC, a bienal de arte “mais antiga do país e, da Península Ibérica, contou, nesta edição, com a inscrição de 437 candidaturas e 717 obras de artistas oriundos de 43 países”.
No total, “foram selecionados 162 trabalhos, de 143 artistas, que serão apresentados ao público no Castelo de Cerveira”.
Aquelas obras foram selecionadas pelo júri do concurso internacional da 20.ª Bienal Internacional de Arte de Cerveira, que foi composto por artistas, investigadores e professores do ensino superior da área da arte contemporânea, entre eles, Albuquerque Mendes, António Olaio, Cabral Pinto, Jaime Silva, Ignacio Barcia Rodríguez, Miguel Carvalhais e Sandra Vieira Jürgens.
Representados vão estar artistas como Graça Morais, Silvestre Pestana, Ana Vidigal, entre muitos outros como a mais recente vencedora do prémio Novo Banco Revelação, Maria Trabulo.
A vila transmontana de Alfândega da Fé é, nesta 20.ª edição, um dos polos expositivos da Bienal Internacional de Arte de Cerveira com a mostra “XX Artistas na Casa”, que começa no sábado e termina a 23 de setembro.
A cumprir 40 anos de existência, o evento volta a alargar o seu âmbito expositivo, apresentando mostras em Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, e em Monção, no Alto Minho. No final do ano, o Camões – Centro Cultural Português, em Vigo, na Galiza, acolherá também uma mostra da bienal.
Até setembro, “decorrerão ações espontâneas de artistas e performances, tanto no interior do fórum cultural de Cerveira como no espaço público, cujo conteúdo será desenhado de uma forma interventiva e em interação com os visitantes”.
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