É que este thriller nasce para ser um novo conceito de televisão (streaming?) e possibilita uma experiência imersiva onde os espetadores tem o poder para escolher como querem consumir a história. Ou seja, o criador desta minissérie, Eric Garcia ("Matchstick Men"), aborrecido com o binge e a querer fugir do "mais do mesmo", criou uma narrativa que se passa num espaço temporal de 24 anos, mas quer que sejamos nós a decidir o "quando" e "como" dos desenvolvimentos numa abordagem não linear através de um sistema de cores (quer isto dizer que não há a clássica numeração, tipo episódio 1 a 8).
Para ser mais específico, a Netflix explica que os seus subscritores poderão começar a ver a série com os episódios "Amarelo" ou "Verde", antes de continuarem com outros episódios na ordem que escolherem, por exemplo "Azul", "Roxo" ou "Laranja". Só há uma regra: o clímax, "o fim", é o episódio "Branco", que deves deixar para último. De resto, é veres como quiseres. Aliás, a piada está mesmo aí: é não seguir ninguém e ver consoante a nossa vontade para que cada experiência seja diferente.
Pelas contas da Vulture, quem seguir as regras e guardar o episódio "Branco" para o fim, tem 5,040 maneiras possíveis de ver o "Caleidoscópio / Kaleidoscope". Já para os que não nasceram para seguir as regras e querem ver o final de forma aleatória, isto é, sem deixar o "Branco" para o derradeiro momento, há 40.320 formas diferentes de o fazer.
O elenco é encabeçado por Giancarlo Esposito (Gus Fring de "Breaking Bad") e Rufus Sewell (John Smith de "The Man in the High Castle") e o enredo é inspirado em eventos reais (mais ou menos, vá, que é tudo "um suponhamos") que prometem uma história de corrupção, ganância, lealdade e traição sobre um roubo avaliado em muitos mil milhões (dos billions).
- Senão estiveres com paciência para ver esta série de forma aleatória (a ordem que vem de origem da Netflix é baralhada) podes consultar esta lista e descobrir a forma "tradicional" e "linear".
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