Música para todos os gostos, do hip hop, ao rock, passando por sons africanos e experimentais das mesas de DJ’s e desportos de ondas para todo o tipo praticantes, profissionais e iniciantes, de provas internacionais a nacionais, do surf ao SUP, passando pelo bodyboard ao bodysurf, juntos num só festival. Assim se pode resumir a especificidade do, evento que junta variados decibéis com diversas manobras nas ondas e cuja 4ª edição realiza-se de 22 a 31 de março na Praia do Paraíso, na Costa de Caparica.

No campo musical, durante 6 noites, há espaço para os veteranos nestas andanças como Valete, Sam The Kid & DJ Big, DJ Glue, Sara Tavares e Carlão, projetos consolidados como Dead Combo, Orelha Negra, HMB e Jimmy Pi e novas vozes e sons como Enoque, Bateu Matou e MGDRV, juntando, ao todo, 24 artistas e DJ’s em palco.

Na apresentação que decorreu hoje no Red Dragon Beach Club, António Maria Guimarães, diretor artístico e produção do festival, considerou que serão “seis noites (22 a 25 de março e 29 a 31 de março) temáticas, mas não em absoluto, homogéneas em que, ao mesmo tempo, se apresenta sempre alguém novo”, juntando no mesmo programa, por exemplo, “hip hopsoul e música africana”, sublinhou.

 “Vamos apresentar o último álbum ("Draive") e novos temas do EP que vamos lançar no primeiro trimestre do ano”, adiantou ao SAPO24, Pité, do MGDRV numa sala repleta de artistas. Sobre a sua atuação no Caparica Primavera Surf Fest, a 22 de março, servirá “como uma abertura para a campanha de festivais que dirá durante o ano, o primeiro passo e por isso queremos entrar em grande”, garantiu.

Já Jimmy Pi (30 de março) que está “preste a lançar o quarto álbum” e que ultimamente “tem feito músicas novas”, espera ir ao festival com “um novo single”. Subirá ao palco essencialmente para “testar um live novo, um novo concerto e as músicas novas que nunca mostrei ao vivo”, para assim perceber como “reage o público a uma linguagem diferente”, destacou o cantor que, no ano passado, não passou pelo festival que junta ondas e música, atuando, antes, no “Sudoeste e Marés Vivas”.

Mil atletas, 25 competições, 10 desportos durante 10 dias

Se a música anima quem está em terra durante a noite, os desportos de ondas dividem o palco com quem produz sons e o mar agita-se durante 10 dias. “25 provas, 10 modalidades que juntam mais 1000 atletas”, descreve Miguel Inácio, responsável pela componente desportiva do festival.

Também no mar há espaço para todos e todo o tipo de modalidades praticadas nas ondas. E para todo o tipo de praticantes, dos profissionais aos estreantes.

Há “provas rainhas” organizadas pela World Surl League como a etapa do Circuito Mundial de Qualificação (WQS) de surf, o WSL de Longboard, prova de qualificação mundial e o Europeu de Bodyboard Pro, que “se estreia” na praia do Paraíso, competições nacionais organizadas sob a égide da Federação Portuguesa de Surf (Bodyboard, Longboard e surf Esperanças), Desporto Escolar e demonstrações de Tow Out, Kayak, SUP, Kitesurf e Windsurf.

“São 25 provas de ondas onde não se vende bilhetes. É um investimento na chamada de atenção para a prática desportiva e turismo da Costa de Caparica como uma surf city”, resumiu António Maria Guimarães.

Entre o “de” e o “da” na cidade da Costa

Inês Medeiros, presidente da Câmara Municipal de Almada, estreia-se este ano como anfitriã do festival que vai na 4ª edição. Ainda pouco habituada a dizer Costa de Caparica (repetidamente utilizou o “da”, sendo avisada pelo presidente local, José Dias Martins, que sustenta a sua utilização no decreto de 1949 que elevou a Costa de Caparica, então, a freguesia) destacou que o Caparica Primavera Surf Fest é o “primeiro festival do ano e o segundo no impacto dos media, com uma avaliação de 4 milhões de euros”, numa “extraordinária celebração dos desportos de onda, do mar, da natureza e da música”, disse.

Pondo, na sua intervenção, a tónica no mar destacou as “30 escolas, 12 surf shops, sete fábricas de pranchas, quatro clubes e o único museu de surf” existentes. Para a edil, eleita pelo Partido Socialista, numa cidade onde se concilia o “surf com as atividades tradicionais (pesca), realçou ainda que a “Costa mantém uma identidade tão própria que deve ser mantida”.

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