Os corais, designados por ‘gorgónias’, foram arrancados das rochas no mar pelas tempestades e surgiram em grande quantidade em areais da região algarvia, principalmente na zona da praia de Santa Eulália, no concelho de Albufeira.

“Os corais encontrados são de vários tamanhos, estimando-se que alguns deles terão, inclusivamente, dezenas de anos”, destacou a Universidade do Algarve em comunicado.

Segundo os investigadores, foram recolhidas várias espécies vivas, na sua maioria ‘Leptogorgia sarmentosa’ e ‘Leptogorgia lusitanica’, “que estão a ser mantidas e alimentadas em condições controladas na estação de Biologia Marinha na Universidade do Algarve para depois serem transplantadas de volta ao seu habitat natural”.

Além daquelas duas espécies, foram recuperados também alguns exemplares de ‘Eunicella verrucosa’, uma gorgónia conhecida pelos pescadores como espelho ou ramo.

As várias espécies de corais recolhidas “são extremamente importantes para as outras espécies, pois dada a sua estrutura vertical e ramificada funcionam como as árvores numa floresta, em que a sua forma tridimensional altera o ambiente físico”, criando condições favoráveis para outros animais marinhos.

“Além de funcionarem como habitat, também servem como zonas de nidificação para diversos organismos, incluindo espécies de elevado valor económico, como por exemplo o choco”, sublinham os investigadores.

Os cientistas do CCMAR estão a recolher a informação sobre os locais onde as ‘gorgónias’ surgiram para poderem documentar a destruição dos corais pelas tempestades, assim como para posteriores estudos de monitorização.

Para que seja possível uma maior monitorização, o CCMAR apela a todas as pessoas para que deem o seu contributo no caso de avistarem corais ou outros seres marinhos dentro ou fora de água, assinalando os locais.

As informações e fotos podem ser enviadas através da plataforma online http://marineforests.com .

Segundo o CCMAR, o surgimento de organismos marinhos nas praias não é inédito, tendo a praia de Faro sido “invadida por estrelas do mar empurradas pela tempestade”, no início de março, bem como de muitos organismos gelatinosos, cujas espécies mais avistadas foram a caravela portuguesa ‘Physalia physalis’ e o hidrozoário ‘Velela velella’.

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