Encenada por Luís Godinho, que já participara no projeto Boca Aberta no espetáculo “Onde é a guerra?”, a peça “Quem espera” tem por objetivo “refletir e trabalhar” sobre o tema de aborrecimento, “que é muito atual tanto para crianças, como para pais e educadores”, disse o encenador à agência Lusa.

“Vivemos tempos complicados, sobretudo porque queremos manter as crianças sempre ocupadas, mas, às vezes, elas precisam mesmo de se aborrecer para descobrirem que há todo um mundo à sua volta para descobrir e imaginar”, frisou.

Ao abordar este tema, os responsáveis pelo espetáculo — com conceção e seleção de textos de Inês Fonseca Santos e Maria João Cruz — quiseram também que as crianças passassem por momentos de aborrecimento durante o espetáculo, pelo que há alturas em que nada acontece, obrigando-os a esperar que alguma coisa fique concluída.

“Quem espera” gira em torno de duas amigas — ambas chamadas Ana – que chegam a um lugar com um problema e vontade de o resolver.

Ambas sofrem do “grande mal do aborrecimento”, mas têm um livro de receitas escrito por uma vizinha que consideram possuir soluções para todos os males, pelo que começam por pôr em prática uma receita contra o aborrecimento incluída no livro.

Um dos ingredientes que têm de usar com frequência é também aquele que mais detestam: a espera.

No final da receita, as duas Anas acabam por chegar à conclusão de que esperar não é assim tão aborrecido como pensavam, acabando também por se aperceberem de que a espera lhes permite fazer outras coisas que não imaginavam.

Com um cenário de forte componente visual e um grande manancial de objetos que enriquecem a peça, da responsabilidade de Ana Limpinho – que também assina os figurinos -, “Quem espera” estará em cena até 05 de março, com sessões aos sábados, às 16:00.

No dia 26 de fevereiro, a sessão terá audiodescrição e interpretação em Língua Gestual Portuguesa.

A interpretar o espetáculo estarão Ana Freitas e Ana Lúcia Palminha.

Coordenado por Catarina Requeijo, o projeto Boca Aberta destina-se a crianças de escolas de Lisboa, e é uma produção do Teatro Nacional D. Maria II em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central.

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