Com moderação do jornalista do Expresso Valdemar Cruz, o prémio Pritzker, nascido em Matosinhos em 1933, vai marcar presença no LeV no segundo dia do festival, horas antes do que é também apresentado como uma entrevista de vida, no caso ao jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho, que vai apresentar o seu novo livro, intitulado “O Pianista do Hotel”.
A programação, com o nome do orador inaugural ainda por anunciar, inclui também um painel, no último dia, sob o título de “Afinal o que é que a Europa tem de especial?”, com a presença do ministro da Cultura de Cabo Verde, Abraão Vicente, e do escritor mexicano Antonio Sarabia.
Em fevereiro, a Câmara Municipal de Matosinhos, que organiza o evento, tinha já anunciado os primeiros nomes da edição deste ano do LeV, entre os quais se encontravam os dos escritores David Mitchell, que vai estar à conversa com Pedro Vieira e Tito Couto, e Rachel Cusk, que vai fazer parte de um painel com o título de “Chega de Shakespeare, é preciso reinventar o cânone”, na companhia de Tânia Ganho e moderação de Bruno Vieira Amaral.
O LeV deste ano decorre subordinado ao conceito de “Abel e Caim – Os Irmãos Europeus”: “Reza o mito que Europa foi raptada por Zeus, num dos seus muitos arroubos sentimentais e de infidelidade. Nascidos no seio de uma família desestruturada, os filhos da Europa parecem mais desavindos do que nunca. As reuniões da família europeia, como de todas as famílias, são oportunidades para mostrar fraturas e ressentimentos antigos. O que resta desta ligação de sangue entre os povos da Europa? Será que já só a cultura nos une? Há uma literatura europeia ou haverá apenas literaturas nacionais?”
A programação do LeV reúne ainda a vencedora do prémio Camões em 2015, Hélia Correia, e o vencedor do prémio Pessoa no ano passado, Frederico Lourenço, responsável pela mais recente tradução da Bíblia para português, numa mesa sobre “Tempos difíceis — das páginas de Homero à Europa em desagregação”.
O festival vai ter também um painel em inglês dedicado às “Novas vozes”, com o sérvio (a viver na Hungria) Árpád Kollár e a mexicana (a viver na Escócia) Juana Adcock, com moderação de Pedro Vieira, que coloca as seguintes questões: “Como se vive numa Hungria que ergue muros? E numa Escócia que deita contas ao Brexit?”
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