“Definimos este novo modelo de festival para fazer face à pandemia da covid-19 e conseguirmos promover este encontro, que é a nossa forma de dar um pouco de arte e espetáculo à aldeia de Coêdo que sempre nos acolheu tão bem”, afirmou Sérgio Agostinho, diretor artístico da Peripécia Teatro.
Desde 2014 que o evento se celebrava em todas as noites de lua cheia, no entanto, a covid-19 veio alterar o modo de funcionamento de Lua Cheia – Arte na Aldeia que, este ano, regressa com um novo conceito de festival.
Nesse sentido, o certame vai decorrer entre 28 de julho e 02 de agosto, ao ar livre, na aldeia de Coêdo, no concelho de Vila Real, garantindo “todas as medidas de segurança específicas para o setor cultural impostas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Ministério da Cultura.
Os lugares serão marcados e limitados à lotação máxima do espaço. É recomendado o uso de máscara, etiqueta respiratória, higienização das mãos e distanciamento social.
“Tomámos todas as medidas necessárias e indicadas pela DGS. Acreditamos que as pessoas que queiram assistir ao Lua Cheia – Arte na Aldeia poderão usufruir das peças que serão apresentadas e, ao mesmo tempo, sentirem-se seguras para apreciar o que as companhias têm para oferecer”, disse Sérgio Agostinho.
O festival arranca no dia 28 com “Pó”, da Peripécia Teatro, um espetáculo que se inspirou nos testemunhos, impressões e canções recolhidas junto da população residente junto da Serra da Padrela.
Segue-se depois a peça “Terra”, do Trigo Limpo Teatro ACERT, “Plastikus” da companhia Krisálida, “Conto Contigo” da Peripécia, “Há Beira na Revolta” da ESTE - Estação Teatral do Fundão e o certame termina com “Afonso Henriques” interpretado pela companhia O Bando.
Cada bilhete custa dois euros e vai estar também disponível o passe “lua-cheia”, por 10 euros, que dará acesso aos seis dias do evento.
Depois de cada peça, realizar-se-á uma tertúlia entre atores e público, onde se irão debater os temas discutidos em cada uma das peças.
Segundo a organização, esta programação em noites de lua cheia tem como “base colocar a arte em diálogo com o espaço e comunidade rural”.
A Peripécia Teatro é uma cooperativa cultural sem fins lucrativos, que foi fundada em 2004 e se estabeleceu, em 2007, na antiga escola primária de Coêdo, uma aldeia do concelho de Vila Real.
A companhia está a desenvolver o ciclo “Terra. Arte. O Homem no Meio”, financiado pelo Ministério da Cultura, através da Direção-Geral das Artes, e município de Vila Real, uma iniciativa que se concretiza através de atividades nos domínios da criação teatral, programação, circulação, formação e desenvolvimento de públicos.
Entre as produções da Peripécia estão os espetáculos "Ibéria - A Louca História de uma Península", "Vincente, Van e Gogh", "Clean Clown - Serviço de Limpeza", "Sou do Tamanho do que Vejo", "Novecentos. O Pianista do Oceano", "Mamã?!", "1325" e “13”, que abordou a temática "Fátima".
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 584 mil mortos, incluindo 1.679 em Portugal.
Comentários