Inaugurada a 19 de maio, a mostra, apresentada no ano em que se celebra o centenário das “aparições” de Fátima e da visita do papa Francisco a Portugal, recebeu um total de 35.738 visitantes.
A exposição percorreu um período de quase mil anos, do final da Antiguidade Clássica à época moderna, sob o grande eixo temático da Virgem Maria, e integrou “O crucifixo (Entre Deus e o Diabo)”, quadro de Marc Chagall, nas 73 obras que estiveram ali reunidas, alusivas ao culto mariano.
Comissariada pelo diretor-adjunto do MNAA, José Alberto Seabra Carvalho, e por Alessandra Rodolfo, do Museu do Vaticano, a mostra integrou pinturas de mestres primitivos italianos, de grandes mestres do Renascimento e do Barroco, tapeçarias e códices iluminados do acervo da Biblioteca Apostólica Romana.
Exibiu ainda obras da Galleria Borghese – dos artistas Venusti e Sassoferrato – e da Galleria Corsini, os criadores Gentileschi e Van Dyck.
“Madonna — Tesouros do Vaticano” estava dividida em oito núcleos: “Da Antiguidade aos nossos dias. Um culto e as suas imagens”, “Bolonha, Siena e Florença. O triunfo da Madonna na pintura dos séculos XIV e XV”, “Renascimento. Rafael e Miguel Ângelo”, “Maneirismos e mistérios do Rosário”, “Barocci, Van Dyck e alguns outros”, “O novo Triunfo da Madonna”, “Sumptuosas tapeçarias Papais” e “Imagens de Maria. Obras italianas em coleções portuguesas”.
Foi ainda exibido um desenho de Leonardo da Vinci, que pertence à Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, e é, tanto quanto se sabe, exemplar único do artista renascentista em Portugal, sem que se saiba como chegou ao país.
Entre as obras cedidas pelo Vaticano contava-se uma de um português — Álvaro Pires de Évora -, que fez carreira conhecida em Itália, a partir de 1411.
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