Ana Moura, que se apresentou em Londres há seis meses, volta hoje ao centro de artes Barbican para um concerto individual, no âmbito da programa de Música Contemporânea.

A fadista continua em digressão a promover "Moura", editado em dezembro de 2015, onde canta autores como Samuel Úria, Jorge Cruz, Edu Mundo, Carlos Tê, Kalaf (numa composição de Sara Tavares) e José Eduardo Agualusa, numa música do angolano Toty Sa'Med.

Recentemente, a intérprete viu o tema "Ninharia", uma letra de Maria do Rosário Pedreira que Ana Moura gravou na melodia tradicional do Fado Carlos da Maia de Sextilhas, integrar a lista das cem canções favoritas deste ano da NPR, a rádio pública dos Estados Unidos, que emite para a totalidade do território norte-americano.

Na segunda-feira seguinte, 03 de outubro, é a vez de Mariza subir ao mesmo palco do Barbican, no âmbito do concerto de vencedores da oitava edição dos prémios Songlines Music Awards, nos quais a fadista triunfou na categoria de melhor artista.

"Mariza regressou em 2015 com um álbum que mais do que uma reinvenção é uma extensão ousada do seu papel como representante global do fado", justificou a Songlines, a propósito do álbum "Mundo", eleito pela revista um dos melhores discos do ano passado.

A revista especializada britânica considerou Mariza "não só como uma das melhores fadistas da sua geração, mas também como uma das mais carismáticas artistas do mundo, fazendo a ponte entre géneros populares e tradicionais de uma forma visionária".

O concerto em Londres tem no alinhamento outros galardoados: o guitarrista indiano Debashish Bhattacharya (prémio para Ásia e Pacífico do Sul), o grupo que toca música punk e blues Songhoy Blues (Revelação) e o cantor de folk britânico Sam Lee & Friends (Europa).

A 05 de outubro, a fadista portuguesa radicada no Reino Unido Cláudia Aurora inicia em Brighton uma série de concertos para promover o segundo álbum de originais, "Mulher do Norte", digressão que faz depois escala em Londres, Bristol e Leeds.

Natural do Porto, Cláudia Aurora vive desde 2003 no Reino Unido, mas só em em 2006 é que começou a dedicar-se ao fado, tendo lançado o primeiro registo cinco anos mais tarde, em 2011.

"Silêncio" foi o primeiro álbum original de fado a ser produzido no Reino Unido depois de Amália Rodrigues ter gravado nos anos de 1950 nos estúdios de Abbey Road, mais tarde usados pelos Beatles.

"Mulher do Norte", produzido em Portugal por Ricardo Cruz, que trabalha com artistas como António Zambujo e Ana Moura, revela a influência de outros estilos de música.

Além da guitarra acústica, tocada pelo companheiro e co-compositor, Javier Moreno, Claudia Aurora é acompanhada normalmente por contrabaixo, violoncelo e bouzouki, um instrumento de cordas originário da Grécia.

Neste trabalho gravou pela primeira vez com guitarra portuguesa, tocada por Bernardo Couto, e acordeão, este às mãos de João Barradas, que deu um "toque de tango" a "Poema", um tema original da brasileira Elis Regina.

"Este disco é um passo em frente. No 'Silêncio' parecia que estava a cantar para dentro, neste é como se cantasse para fora. Antes não sabia bem se o que estava a fazer era fado, mas agora encontrei o meu som", explicou a intérprete à agência Lusa.

Cláudia Aurora atua regularmente em salas e festivais britânicos e no estrangeiro, tendo nos últimos dois anos cantado em países como a Polónia, Croácia, Estónia, Suécia, Finlândia, Bulgária ou Coreia do Sul.

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