A Câmara Municipal, em colaboração com o Agrupamento de Escolas Infante D. Pedro e a Associação de Pais e Encarregados de Educação, “promete encantar os moradores e visitantes com um evento repleto de entretenimento, cultura e gastronomia”.
“O Castelo de Penela será, mais uma vez, o palco de uma viagem no tempo, transportando os visitantes para a época da Idade Média”, refere a autarquia, liderada por Eduardo Nogueira dos Santos, num comunicado enviado hoje à agência Lusa.
Com uma “ampla variedade” de iniciativas e entrada livre, a programação para os dois dias inclui espetáculos de música, dança e teatro, demonstrações de artesanato medieval e atividades para as crianças, tendo sido “pensada para todos os gostos e idades”.
“Estamos entusiasmados por receber, mais uma vez, a comunidade e os visitantes para celebrar a nossa rica herança histórica e cultural”, afirmou o presidente da Câmara, citado na nota.
Para Eduardo Nogueira dos Santos, o programa revivalista é uma realização “muito especial” que “celebra a tradição e a gastronomia medieval”.
Além de enaltecer o património cultural de Penela e promover as visitas ao concelho, a Feira Medieval “proporciona momentos de diversão e convívio da família penelense”, acrescentou.
O programa começa no sábado, ao meio-dia, com as bodas reais de D. Afonso IV e da infanta Beatriz, filha de Sancho IV de Castela e de Maria de Molina.
Às 12:30, após a “arruada de trovadores pelas ruas do burgo”, é anunciado o casamento por arautos e trovadores da alcaidaria, a que se segue, às 13:00, o “lauto banquete nas tabernas do mercado”.
O “cortejo régio” está marcado para as 16:30, com um conjunto de momentos vespertinos, como folias, danças, folguedos e bênção da feira.
Na noite de sábado, a festa encerra com os “fogos ancestrais” e a “ronda dos alvazis e aguazis nos adarves do castelo”, entre as 00:00 e as 00:45.
O domingo, a partir das 12:00, é dedicado às guerras do reino de Portugal e dos Algarves com Castela e à batalha do Salado, entre cristãos e mouros da Península Ibérica, na qual D. Afonso IV se notabilizou à frente das suas tropas, o que lhe valeu o cognome de “O Bravo”.
Pai de D. Pedro I, Afonso IV ficou também célebre por ter mandado matar Inês de Castro, no contexto dos amores da fidalga castelhana com o seu filho, episódio trágico que terá ocorrido em Coimbra, na margem esquerda do rio Mondego.
A Feira Medieval, a coincidir com os dois últimos dias da segunda Semana Gastronómica da Caça, termina com “esconjuros de bruxas, demónios e todos os males que nos atormentam”, às 19:30, seguidos da “selagem das pipas, cestas e almotolias”, às 20:00.
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