São no total 15 filmes, que o festival já levou a vários pontos do mundo, e que chegam no dia 30 de janeiro ao cinema Babylon de Berlim, onde é esperada, mais uma vez, sala cheia.
“Temos sempre casa cheia, 100 a 120 lugares. Em 2018, por exemplo, estavam pessoas sentadas nas escadas, é um número que acho significativo”, sublinha, em declarações à agência Lusa, Ana Ventura Miranda, diretora do Arte Institute e do festival.
O NYPSFF teve a sua primeira edição em junho de 2011 e foi o primeiro festival de curtas-metragens portuguesas, nos Estados Unidos. Passa por 53 cidades, de mais de 20 países, e mostra o trabalho da nova geração de jovens realizadores portugueses. Em cada edição recebem entre 90 e 100 candidaturas.
“A qualidade dos filmes é ótima, os guiões não são estáveis, há anos melhores que outros, mas muito raramente aparecem comédias. Se tivemos dez comédias a candidatarem-se nestes últimos dez anos foi muito. Não existe e é uma pena. As que se apresentam e entram são normalmente filmes de muito sucesso. Acho que até somos um povo que, apesar do fado, somos divertidos, mas é um género que é muito raro aparecer”, revela.
As curtas metragens foram selecionadas e submetidas à apreciação de um júri composto por figuras do meio cinematográfico português, brasileiro e americano, como Jake Benjamin e Bruno Toré, ambos montadores (responsáveis por edição/montagem), e Flavia Guerra, jornalista e documentarista.
“Escolher os filmes é fácil (…) Os jurados dos Estados Unidos e do Brasil votam quase sempre ao contrário, o que um gosta, o outro não gosta nada. Quase todos os anos isso acontece e não sei qual é a razão. Mas depois chegam rapidamente aos nomes”, acrescenta.
Em Berlim, o ator Welket Bungué, que participa no filme “Terra Amarela”, de Dinis M. Costa, vai estar presente para falar desse trabalho.
Ana Ventura Miranda espera um público “maioritariamente português”, mas também vários estrangeiros.
“Os portugueses em Berlim são sempre inclusivos. Há países em que só assistem portugueses, o que é ótimo porque muda a ideia, muitas vezes errada, que as pessoas têm do nosso cinema (…). Mas o público de Berlim convida sempre alemães ou amigos de outras nacionalidades para irem ver. Isso é de louvar. Nos Estados Unidos, por exemplo, ainda é complicado aparecerem americanos”, destaca a diretora do Arte Institute.
“Skin of Light” (“Pele de Luz”), de André Guiomar, “Voices by the Wind” (“Vozes ao Vento”), de Elton Fortes, Felix Lima, Pedro Ferreira e Tiago Nunes, “My Cister”, de André Miranda, “The Right To Be Remembered” (“Direito à Memória”), de Rúben Sevivas, “Other Rhythm” (“Outro Ritmo”), de Elton Fortes, Felix Lima, Pedro Ferreira e Tiago Nunes, “On The Cusp”, de Yuri Alves, “PIP”, de Bruno Simões, encontram-se entre as curtas-metragens selecionadas.
“Miguel Araújo – Axl Rose”, de Bruno Caetano, “Yellow Country” (“Terra Amarela”), de Dinis M. Costa, “Bruma”, de Sofia Cachim, Gabriel Peixoto, Mónica Correia e Daniela Santos, “The Doll” (“A Boneca”), de Gonçalo Morais Leitão, “Fled. Lay. Fell.” (“Fugiu. Deitou-se. Caí.”), de Bruno Carnide, “Still Life”, de Francisca Coutinho, “The Program”, de Miguel M. Matias, e “Bitter Salty” (“Amargo Salgado”), de Joana X, completam o lote de quinze ‘curtas’ que vão ser exibidas.
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