Estreado em maio no Festival de Cinema de Cannes, onde recebeu o prémio especial do júri ‘Un Certain Regard’, o filme tem feito um percurso internacional de festivais e integra a competição de longas-metragens do festival do Rio de Janeiro, que arranca a 01 de novembro.
“Chuva é cantoria na aldeia dos mortos” foi rodado pelos dois realizadores durante nove meses numa aldeia brasileira no estado de Tocatins e é protagonizado por Ihjãc, um adolescente indígena dos Krahô.
Quando venceram em maio o prémio em Cannes, João Salaviza e Renée Nader Messora afirmaram que a distinção foi também para “o Brasil indígena, historicamente negado, silenciado, assassinado”.
Além do Rio de Janeiro, o filme integrou ainda a Mostra de Cinema de São Paulo e já passou por festivais no Canadá, Reino Unido ou Grécia.
Fora da competição, o Festival do Rio de Janeiro selecionou ainda duas produções portuguesas: “Pedro e Inês”, de António Ferreira, e “Diamantino”, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, uma ficção caricatural que mistura comédia, ficção científica e ‘thriller’ sobre uma estrela internacional de futebol.
O festival encerrará a 11 de novembro com “O grande circo místico”, filme do realizador brasileiro Cacá Diegues, rodado em Portugal e com atores portugueses.
Candidato do Brasil a uma nomeação ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, o filme conta a história de cinco gerações de uma família ligada às artes circenses, de 1910 até à atualidade.
O elenco do filme, que se estreia em Portugal a 3 de janeiro, inclui atores como o francês Vincent Cassel, os brasileiros António Fagundes e Mariana Ximenes, e os portugueses Albano Jerónimo e Nuno Lopes.
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