Segundo o do diretor-geral da “The Book Company”, que responde pela organização, também já estão confirmadas as presenças de Ludmila Ulitskaya, escritora russa exilada em Berlim que é, há vários anos, apontada como candidata ao Prémio Nobel da Literatura, e Karina Sainz Borgo, jornalista dedicada à área da cultura residente em Espanha que dedica muito do seu trabalho às questões sociais e políticas da Venezuela.
“Queremos fazer deste festival o maior evento literário do país”, referiu Paulo Ferreira, sublinhando que o objetivo passa também pela internacionalização.
Segundo adiantou, em 2025 o festival deve chegar a Espanha e em 2027 espera entrar em território “do outro lado do Atlântico”.
“Mantendo uma edição anual em Braga, a internacionalização do festival permitirá criar uma montra para a promoção dos autores e criadores portugueses, colocando Braga no roteiro dos eventos literários de referência”, acrescentou.
Tendo como tema os “territórios literários”, o festival, que substitui a tradicional feira do livro, deverá reunir mais de 100 convidados, dezenas de parceiros e forças vivas da cidade, como bibliotecas, livrarias e agentes culturais e económicos.
“Autores de primeira linha, em diversas áreas da cultura e do saber, marcam a agenda do festival em diversos formatos como conversas, espetáculos, workshops, sessões em escolas, oficinas, passeios literários e outros”, refere um comunicado do município.
A programação irá concentrar-se sobretudo no Espaço Vita, em particular na Capela Imaculada.
O livro enquanto peça central das outras artes e manifestações culturais é o ponto de partida para uma programação que centrará nos fins de semana as propostas para o público em geral e famílias.
Nos dias úteis, o festival estará essencialmente focado no público escolar e institucional.
Para o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, a aposta no “Utopia” representa “muito mais do que investir num novo evento”.
“Estamos a dotar a cidade e a região de uma oferta cultural de forte atratividade turística que consolida a estratégia que temos vindo a seguir na promoção da literatura. É um salto qualitativo para a cultura em Braga e a sua realização anual permitirá potenciar o trabalho em rede junto dos agentes culturais, criativos e económicos”, referiu.
Como sublinhou o autarca, quando se colocou a possibilidade de Braga ser a “casa-mãe” de um festival literário “que partiria de uma cidade portuguesa para conquistar o mundo com uma projeção e qualidade de programação de referência, a resposta foi imediatamente positiva”.
“Estamos a cumprir com este evento os objetivos de estimular a leitura, o contacto com autores de referência, com os nossos próprios autores bracarenses e a cobrir todo o território com o livro”, acrescentou.
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