O tema será alvo de reflexão junto do público, dos profissionais, e dos cerca de 60 artistas participantes na nona edição.

Em declarações à agência Lusa, em junho, sobre a importância do certame na região, Elisabete Paiva, diretora artística do evento, considerou que "além de ser uma referência na descentralização cultural, desde 2009, o FMD concretiza uma oportunidade de formação e uma alternativa para os jovens da região, abrindo outras mundividências e horizontes de possibilidade para o seu futuro".

Sobre o tema "Transações/Transformações", a direção pretende lançar a discussão sobre algumas questões, como: "O que têm a dizer os artistas sobre este mundo em movimento acelerado? O que têm a dizer os espetadores, atores essenciais das comunidades efémeras que se geram à volta de um palco?"

"A transformação é um objetivo bem-intencionado e ambicioso, porém não suficiente. Enquanto festival com centro numa periferia, as nossas intenções não passam por colonizar estas comunidades com aquilo que vem de um centro, mas contribuir para a fundação de novos centros", defende Elisabete Paiva.

Entre os espetáculos em estreia contam-se "Nova Criação", de Filipe Pereira e Teresa Silva, “Antropocenas”, de Rita Natálio e João dos Santos Martins, e “Folk-S”, do coreógrafo italiano Alessandro Sciarroni.

Os três espetáculos em estreia sobem ao palco do Centro Cultural do Cartaxo, cidade onde o festival retoma a programação.

Ainda na área da dança, será apresentado "55", de Radouan Mriziga, e "Viajantes Solitários", pelo Teatro do Vestido, "Caminhar", pelo Teatro do Silêncio, "Romance", de Lígia Soares, e "Gatilho da Felicidade", de Ana Borralho e João Galante.

As "Aulas Diárias", também a cargo de artistas convidados, serão abertas a diferentes públicos, como é o caso dos funcionários da Marsipel, uma empresa de curtumes com sede em Alcanena, e os atletas do Atlético Alcanenense.

Os encontros profissionais e temáticos completam o programa do evento com conversas, debates, tertúlias e oficinas, e as "Noites Longas", dedicadas ao convívio e à música, firmam o segundo ano de parceria com o Festival Bons Sons, tendo como destaque o concerto dos Osso Vaidoso de Ana Deus e Alexandre Soares, que se realiza a 23 de setembro, em Minde, no encerramento do festival.

O Festival Materiais Diversos foi lançado em 2009 na vila de Minde e a partir daí expandiu-se a outras localidades das regiões do médio Tejo e lezíria, onde procura explorar a diversidade do território das artes performativas.

Até hoje, segundo a organização, soma mais de 120 espetáculos, 790 artistas e 52 mil espetadores envolvidos nas suas oito edições.

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