“Soube-se que no passado sábado dia 24 de Janeiro, ocorreu um encontro do partido Chega, no Mercado Ferreira Borges, na sala 1 do Hard Club. O Filipe, a sua banda e a Maternidade não se podem mostrar coniventes com um espaço que se permite a compactuar com um encontro de ideologia de extrema direita, contando com membros que manifestam uma agenda e um programa racista, xenófobo, homofóbico, transfóbico, misógino e tantos outros adjetivos depreciativos de opressão e intolerância, contra os quais nos posicionamos, expressamos e lutamos”, lê-se numa nota divulgada hoje nas redes sociais, nas páginas oficiais da empresa de agenciamento, promoção e produção musical Maternidade e de Filipe Sambado.
Apesar do cancelamento, Filipe Sambado irá atuar no Porto, em 14 de fevereiro, mas no espaço Maus Hábitos.
Quem já tinha bilhete para o concerto no Hard Club pode “pedir o reembolso do bilhete na bilheteira daquele espaço, até dia 14 de Fevereiro”.
Esta semana foram divulgadas nas redes sociais imagens de um encontro do Chega, partido representado na Assembleia da República por André Ventura, nas quais se via um apoiante do partido a levantar o braço direito no ar, em saudação nazi, enquanto era cantado o hino nacional.
Nas redes sociais, a acompanhar o vídeo, foi escrito um texto no qual se recordava que, enquanto por “todo o mundo democrático” se assinalavam os 75 anos da libertação dos prisioneiros judeus do campo de concentração nazi de Auschwitz, na Polónia, "na cidade do Porto, um comício do Chega acaba com um apoiante de André Ventura na primeira fila a fazer a saudação nazi, ao som do hino nacional".
"Como se pode ver no vídeo, ninguém se incomoda com o assunto, muito menos André Ventura", lê-se no texto que acompanha o vídeo.
A Lusa tentou obter uma reação por parte do Hard Club, mas, até ao momento, sem sucesso.
O concerto de Filipe Sambado no Porto acontece no âmbito da digressão de apresentação do novo álbum do músico, “Revezo”, editado na sexta-feira.
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