De acordo com o músico Paulo Furtado, em declarações à Lusa, “cerca de 25 minutos do filme foram desfocados”. As cenas que foram desfocadas, explicou, são aquelas em que aparecem nus.

O projeto “How to become nothing” teve como ponto de partida a história de um homem que se quer tornar em nada, através de uma viagem espiritual e física pelo deserto. Durante 12 dias, Paulo Furtado fez uma viagem no deserto Joshua Tree, no estado norte-americano da Califórnia, na companhia do realizador Pedro Maia e da fotógrafa Rita Lino, inspirando-se na paisagem para compor a maioria dos temas para o novo disco.

No cine-concerto, a banda sonora é tocada ao vivo por Paulo Furtado e as imagens são manipuladas em tempo real por Pedro Maia.

O músico, em conjunto com o realizador Pedro Maia, colocou a hipótese de não exibir o filme na China, mas decidiu que seria “melhor fazê-lo [censurar] e poder falar sobre isso do que não mostrar lá o filme”. “Desfocar é uma opção que consideramos válida, em vez de cortar ou ir a negro”, disse.

A possibilidade de ter de fazer alterações ao filme, para que fosse exibido na China, já tinha passado pela cabeça do músico.

“Estávamos um pouco à espera”, referiu Paulo Furtado, contando que “há três ou quatro anos houve proposta para fazer uma digressão na China e pediam que enviasse letras e outras coisas que habitualmente os promotores não pedem”.

Os portugueses The Legendary Tigerman e Beatbombers (DJ Ride e Stereossauro) atuam na sexta-feira, no espaço OCT Loft Creative District, em Shenzhen, na China continental, e no sábado, no espaço What’s Up, em Macau, a convite do This is My City — Intercity Creative Network (TIMC).

A dupla Beatbombers leva na bagagem o álbum de estreia, homónimo, editado em junho.

Stereossauro (Tiago Norte) e DJ Ride (Oliveiros Tomás Oliveira) são dois DJ e produtores de hip-hop e de música eletrónica em Portugal, que trabalham juntos há cerca de dez anos.

Enquanto Beatbombers, DJ Ride e DJ Stereossauro sagraram-se por duas vezes – em 2016 e 2011 – campeões mundiais de ‘scratch’ e ‘turntablism’, duas técnicas de manipulação de música com gira-discos e mesa de mistura.

No sábado, atuam ainda a banda eletrónica Faslane e o músico português Paulo Pereira.

O programa deste ano do festival TIMC inclui ainda um seminário, no sábado no espaço What’s Up, em Macau, intitulado “The Festivalization of Our Cities”.

O TIMC, promovido pela associação cultural +853, realizou-se pela primeira vez em Macau em 2006.

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