“Vivemos num tempo em que o medo é transversal a questões como as alterações climáticas, a insegurança, as novas tecnologias que levam à escassez de trabalho”, disse à agência Lusa o presidente da câmara de Óbidos, Humberto Marques, sublinhando “contemporaneidade” do tema escolhido para a 5.ª Edição do Folio.
Entre as novidades desta edição conta-se a escolha de jornalista Ana Sousa Dias para curadora do Folio Autores, capítulo do festival que leva à vila dezenas de escritores e pensadores para participar nas mesas em que são debatidos vários temas. A curadoria será repartida com Pedro Sousa, da Sociedade Vila Literária, que transita da última edição.
No Folio Educa mantém-se a curadoria de Maria José Vitorino e, no Folio Ilustra, a de Mafalda Milhões.
A Folia ficará, tal como na edição anterior, sob a responsabilidade da empresa municipal Óbidos Criativa, liderada por Ricardo Ribeiro. Por último, o Folio +, o capítulo mais alternativo do festival, ficará a cargo da Livraria Ler Devagar, gerida por José Pinho.
Os nomes foram hoje divulgados pela organização do evento, a Óbidos Vila Literária, mas o autarca remeteu para maio o anúncio dos primeiros escritores confirmados para a edição deste ano.
“A programação decorrerá nos mesmos moldes dos anos anteriores, mas haverá um reforço da Folia [fruto da parceria com o Inatel] e pretendemos alargar o tempo de estada dos escritores na vila, ao longo do festival”, afirmou Humberto Marques à Lusa.
Organizado em cinco capítulos (Folia, Folio Autores, Folio Educa, Folio Ilustra e Folio Paralelo), o festival teve a sua primeira edição em 2015, num investimento de meio milhão de euros, comparticipados por fundos comunitários.
Palco de lançamentos de livros, debates, mesas redondas, entrevistas, sessões de autógrafos e conversas entre escritores e leitores, o Folio passou no ano seguinte a ser suportado pela autarquia que, para este ano, prevê um orçamento similar.
A edição do ano passado proporcionou 831 horas de programação, envolvendo 554 participantes diretos, entre autores, pensadores, artistas e criativos, que participaram em 26 mesas de escritores, 25 concertos e 13 exposições, ao longo de 11 dias com mais de 185 atividades.
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