O Prémio Literário Fernando Namora, com um valor pecuniário de 15 mil euros, distingue anualmente o autor da melhor obra de ficção, romance ou novela, editada no ano anterior.
Na sua 23.ª edição, o júri, presidido por Guilherme d’Oliveira Martins, escolheu “A Luz de Pequim”, por considerar tratar-se de “uma obra que interroga o tempo e o que fazemos com ele” e de um “romance de avaliação de experiências passadas e incertezas atuais”.
“Ao longo dos anos as aventuras do Inspetor Jaime Ramos conquistaram um lugar indelével no imaginário de leitores de várias gerações. Mas mais do que boas histórias policiais (o que já não seria pouco), por estes livros passa, sobretudo, o retrato de um país, de um povo, de uma cultura, a nossa, numa escrita de uma limpidez e elegância sem par”, frisa o diretor editorial da Porto Editora, Vasco David.
“A Luz de Pequim” é “literatura de altíssimo quilate”, como corrobora a atribuição deste Prémio Literário Fernando Namora, reforça Vasco David.
Instituído pela Estoril-Sol, em 1988, para comemorar o cinquentenário da vida literária de Fernando Namora, este prémio foi já atribuído a João de Melo, Maria Isabel Barreno, Urbano Tavares Rodrigues, Mário de Carvalho (duas edições), Manuel Alegre, Teolinda Gersão, Armando Silva Carvalho, António Lobo Antunes, Nuno Júdice, Miguel Real, Mário Cláudio, Luísa Costa Gomes, Gonçalo M. Tavares, Paulo Castilho, José Eduardo Agualusa, Bruno Vieira Amaral, Afonso Cruz, Ana Cristina Silva, Carlos Vale Ferraz e Julieta Monginho.
Do júri fizeram parte representantes da Direcção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), da Associação Portuguesa de Críticos Literários (APCL), da Associação Portuguesa de Escritores (APE), da Estoril-Sol e ainda “duas personalidades independentes de reconhecido mérito”.
Francisco José Viegas, nascido em 1962, é professor, jornalista e editor. Responsável pela revista Ler, foi também diretor da revista Grande Reportagem e da Casa Fernando Pessoa.
Entre junho de 2011 e outubro de 2012, exerceu o cargo de secretário de Estado da Cultura.
Colaborou em vários jornais e revistas, e foi autor de vários programas na rádio (TSF e Antena 1) e televisão (Livro Aberto, Escrita em Dia, Ler para Crer, Primeira Página, Avenida Brasil, Prazeres, Um Café no Majestic, A Torto e a Direito, Nada de Cultura). Atualmente, é colunista diário do Correio da Manhã.
Entre a sua obra literária contam-se livros de poesia, como “Metade da Vida”, “O Puro e o Impuro”, “Se Me Comovesse o Amor”), e vários romances, como “Regresso por um Rio”, “Crime em Ponta Delgada”, “Um Céu Demasiado Azul”, ou “Longe de Manaus”, vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores 2006.
Os seus livros estão publicados em vários países e línguas.
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