Frederico Lourenço junta-se ao É Desta Que Leio Isto no próximo encontro, marcado para dia 23 de maio, uma quinta-feira, desta vez com um horário diferente: pelas 20h00. Consigo traz o seu romance "Pode Um Desejo Imenso", editado pela Quetzal.

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Em maio, a propósito das comemorações dos 500 anos de Camões, o clube vai olhar de outra forma para o autor do poema épico "Os Lusíadas", através do romance de Frederico Lourenço.

"Pode Um Desejo Imenso", obra inicialmente publicada em 2002, conta a história de Nuno Galvão, professor universitário de Literatura, que pensa ter descoberto a chave para a compreensão da poesia lírica de Camões: a paixão do poeta pelo jovem D. António de Noronha, de quem Camões teria sido precetor.

Nuno está ele próprio apaixonado por um estudante, em quem projeta a história de amor por si imaginada entre o poeta quinhentista e o seu aluno. Na parte central do livro, a narrativa volta atrás, aos tempos em que o próprio Nuno era estudante, já nessa altura ocupado com a poesia lírica de Camões e com a paixão não correspondida por um colega de curso. No final do romance, juntam-se os vários fios da história; e Nuno acaba por aprender como rumar "em direção à outra margem", onde se abre a hipótese possível de um amor feliz.

Esta edição da obra, que surgiu cerca de 20 anos depois, pela Quetzal, é a versão definitiva de "Pode Um Desejo Imenso", como é desejo do autor.

Frederico Lourenço é ensaísta, tradutor, ficcionista e poeta. Nasceu em Lisboa, em 1963, e é atualmente professor associado com agregação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e membro do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da mesma instituição.

Foi docente, entre 1989 e 2009, da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Línguas e Literaturas Clássicas (1988) e se doutorou em Literatura Grega (1999) com uma tese sobre Eurípides, orientada por Victor Jabouille (Lisboa) e James Diggle (Cambridge). Publicou artigos sobre Filologia Grega nas mais prestigiadas revistas internacionais (Classical Quarterly e Journal of Hellenic Studies) e, além da Ilíada, traduziu também a Odisseia de Homero, tragédias de Sófocles e de Eurípides, e peças de Goethe, Schiller e Arthur Schnitzler.

No que diz respeito a obras de ficção, o seu único livro é "Pode Um Desejo Imenso". Na poesia, é autor de "Santo Asinha e Outros Poemas" e de "Clara Suspeita de Luz".

Frederico Lourenço recebeu os prémios PEN Clube Primeira Obra (2002), Prémio D. Diniz da Casa de Mateus (2003), Grande Prémio de Tradução (2003), Prémio Europa David Mourão-Ferreira (2006). Em 2016, venceu o Prémio Pessoa pela sua tradução da Bíblia.