“Ainda antes de voltarmos aos jardins e praças de Lisboa, preparamos um regresso à cidade neste mês de junho, dentro da nova normalidade, lentamente, a desconfinar”, avançou a empresa municipal EGEAC, indicando que a programação está disponível no sítio da internet – www.culturanarua.pt.
Entre as principais iniciativas programadas estão o Festival à Janela, com um espetáculo audiovisual itinerante, o jogo “Apanha esta sardinha” e a projeção de cinema na rua.
Em parceria com o ateliê OCUBO, a EGEAC convida a assistir, de 08 a 11 de junho, ao Festival à Janela, um espetáculo audiovisual itinerante que pretende animar os serões em vários locais da cidade, com “uma projeção multimédia surpresa”. Além de poder ver o espetáculo a partir da janela, o público vai poder participar, “com vídeos filmados em casa”.
Assinalando o mês das Festas de Lisboa, que este ano foram canceladas devido à pandemia da covid-19, a empresa municipal de animação cultural vai “oferecer milhares de sardinhas acabadinhas de vencer o concurso deste ano”, que vão ser distribuídas na rua, com o devido distanciamento social.
“Aos fins de semana, vamos distribuí-las por vários locais da cidade, em segurança, para serem ‘pescadas’. Nesta caça ao tesouro, as pistas para encontrar as sardinhas serão dadas no Facebook e Instagram das Festas de Lisboa, todas as sextas-feiras, sob o mote ‘Apanha esta sardinha’, ao estilo de um jogo de pista sobre a toponímia de Lisboa”, avançou a EGEAC, desafiando os participantes a fotografarem e partilharem ‘online’ o resultado desta “caça à sardinha”.
Durante cinco noites, de 15 a 19 de junho, em cinco bairros lisboetas, vai voltar a haver “cinema na rua, mais precisamente no Estendal”, um projeto desenvolvido com a associação O Nosso Bairro, através da exibição de um filme português, em que o público pode assistir “junto à janela ou então na varanda”, indicou a empresa municipal.
Além da programação ao ar livre, a EGEAC mantém a divulgação ‘online’ de projetos artísticos, através da página de Facebook – Cultura na Rua, inclusive apoio a novos talentos do ‘hip hop’ e sessões de leitura de livros.
“Começamos por mostrar Lisboa pelos olhos de cinco reconhecidos ilustradores que desafiámos a partilharem connosco a sua visão da cidade neste momento, a partir das suas janelas”, referiu a EGEAC, explicando que se trata de pequenas animações realizadas por Leonor Brilha, Ana Gil, Mantraste, António Jorge Gonçalves e Teresa Cortez, que vão ser apresentadas, ao longo do mês, na página de Facebook – Cultura na Rua.
Sem deixar de celebrar o Santo António, a programação ‘online’ prevê, para 13 de junho, o anúncio dos vencedores do concurso e exposição dos Tronos de Santo António, uma iniciativa conjunta com o Museu de Lisboa — Santo António, que este ano foi desenvolvida “em versão digital e alargada a todo o país”.
Ainda que o Festival Lisboa Mistura não se realize este ano devido à pandemia, a EGEAC pretende manter, de junho até agosto, o trabalho criativo que é desenvolvido através da OPA – Oficina Portátil de Artes, projeto de cariz pedagógico e intercultural de apoio a novos talentos do ‘hip hop’ da Grande Lisboa, da Associação Sons da Lusofonia.
Assim, esta iniciativa reinventa-se com “uma edição totalmente digital”, através de um convite à participação, em que as candidaturas foram hoje abertas, e de “sessões ‘online’ dos participantes de edições anteriores e concertos selecionados a partir das candidaturas enviadas este ano”, adiantou a empresa municipal de Lisboa.
Na área da literatura, todos os domingos de junho vão ser dedicados a sessões de leitura de livros ‘online’, no âmbito do projeto Ecotemporâneos que, em parceria com a BOCA, têm feito parte da programação de espaço público da cidade de Lisboa.
Devido à pandemia da covid-19, as Festas de Lisboa foram canceladas, pelo que não se realizará este ano a tradicional procissão de Santo António, nem os casamentos e o concurso das marchas populares, e os arraiais e desfiles estão proibidos.
Portugal contabiliza pelo menos 1.436 mortos associados à covid-19 em 32.895 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.
Na Região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se tem registado maior número de surtos, há mais 158 casos de infeção (+1,4%).
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