Em Freixo será debatida a oportunidade de incluir Guerra Junqueiro (1850-1923) no Plano Nacional de Leitura, assim como instituído o prémio literário com o nome do escritor, a atribuir, nesta primeira edição, a Manuel Alegre.

Em declarações hoje à agência Lusa, a presidente da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, Maria do Céu Quintas, disse que o FFIL tem por objetivo recolocar o nome de Guerra Junqueiro no panorama nacional.

"Eu diria mesmo devolver o poeta nascido em Freixo de Espada à Cinta a Portugal, já que se trata de um dos maiores poetas do século XX, sendo neste contexto que nasceu o FFIL, iniciativa carregada de conferências, literatura e arte pública", explicou.

A autarca refere que se trata de uma iniciativa cultural "única" que nasce num "território periférico" como Freixo de Espada à Cinta e que consegue reunir escritores de renome nacional e internacional.

Segundo os promotores do FFIL, a iniciativa transfronteiriça pretende transformar-se num "palco de arte pública" e contará com a presença de mais de uma centena de alunos provenientes de escolas de Freixo, Salamanca, Viana do Castelo e Macedo de Cavaleiros que apresentarão diversos trabalhos sobre a temática do festival.

Presentes numa conferência que abordará a obra de Junqueiro estarão convidados como Manuel Alegre, Mário Cláudio, Nuno Rogeiro, Fernando Pinto do Amaral, Maria Inês Diogo Costa, Henrique Manuel Pereira, Conceição Brandão, Vitorino Perez Prieto, entre outros, de acordo com a organização.

A Feira do Livro - também em homenagem a Guerra Junqueiro - terá Leonor Mexia, Isabel Alçada e José Fanha, entre outros, como figuras centrais.

Tsegay Mehari, natural da Eritreia refugiado na Suécia, lança o seu livro de poemas, uma edição traduzida do original, que relata a vida de um preso, jornalista de profissão, acusado de escrever poemas de amor pelo seu país, pela sua família e pela natureza.

Este lançamento - com as presenças de Pedro Calado, Alto-Comissário para as Migrações, e de Teresa Tito de Morais, presidente do Conselho Português para os Refugiados, será mais um alerta através da literatura.

O FFIL encerra dia 03 de junho com leituras dos poemas de Guerra Junqueiro, a bordo de um barco, entre as arribas do Douro Internacional, que o poeta tantas vezes percorreu e onde colheu inspiração.

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