O MindelInsite, baseado na ilha de São Vicente, escreve que a fadista portuguesa teve a responsabilidade de abrir o desfile de vozes no palco do Baía das Gatas e mostrou porque é considerada “uma estrela internacional de música”.
“Quem estava à espera de uma atuação baseada no fado foi apanhado de surpresa. Na verdade, Mariza mostrou a sua versatilidade ao interpretar vários géneros, incluindo músicas de artistas cabo-verdianos”, lê-se naquele diário digital.
A publicação refere ainda que a cantora portuguesa fez um “duo improvisado” com o “pequeno grande” Tito Paris, que subiu ao palco “para dar um abraço musical caloroso à amiga”.
“Vi uma artista meio portuguesa, meio cabo-verdiana, que nos levou a cantar em coro. Ela mostrou uma capacidade de empatia com o público fora de série”, avaliou uma jovem cabo-verdiana ao MindelInsite.
O portal SAPO Cabo Verde é mais específico, dizendo que Mariza e Tito Paris cantaram juntos a música “Beijo de Saudade”.
“Para mim o Tito Paris é o representante masculino da música cabo-verdiana”, disse Mariza, mostrando a sua admiração pelo músico cabo-verdiano, escreve o portal, que publica uma foto e um vídeo do dueto luso-cabo-verdiano.
A mesma página na Internet escreve que a Baía das Gatas rendeu-se à “voz poderosa” de Mariza, considerando que a fadista portuguesa “foi a grande surpresa da noite”.
“Cantou em crioulo, dançou e dividiu o palco com o músico Tito Paris”, recordou o portal, considerando que a abertura do festival “não poderia ter corrido da melhor forma”, destacando também a interação de Mariza com o público.
Recordando que Mariza começou a atuar ainda com pouca gente no areal da Baía das Gatas, o SAPO Cabo Verde notou, porém, que a medida que a atuação decorria, o público foi-se juntando à frente do palco e que o fado “foi muito bem recebido pelos presentes”.
A agência cabo-verdiana de Notícias Inforpress escreve que a fadista portuguesa proporcionou “a melhor abertura de sempre” do festival mais antigo e mais emblemático de Cabo Verde, nesta que foi a sua primeira atuação no evento musical com 33 anos de existência.
“Afinal, foi apenas uma questão de Mariza soltar os primeiros acordes com a sua potente voz para pôr em sentido a Baía das Gatas naquela que, diz o povo, terá sido a melhor abertura de sempre das 33 edições”, sustenta o texto da agência.
A agência escreve que quando o público se junto em frente ao palco “participou do princípio ao fim dos 70 minutos do espetáculo, cantou, bateu palmas, pediu bis e, no fim, Mariza foi “obrigada” a regressar ao palco para cantar mais uma música.
O jornal A Nação lembrou que o fado da portuguesa abriu esta edição do certame musical, ainda que com 50 minutos de atraso.
“A fadista, com o carisma que lhe é característico, trouxe temas como ‘Melhor de mim’, ‘Kretxeu’ e não só. Juntamente com Tito Paris, Mariza interpretou ‘Beijo de saudade’. A sua atuação foi encerrada com a composição ‘Lua nha testemunha'”, escreve o jornal na sua página na Internet.
Na primeira noite do festival da Baía das Gatas, realizado na praia com o mesmo nome, a oito quilómetros da cidade do Mindelo, atuaram ainda um grupo de artistas cabo-verdianos, o angolano Badoxa e a brasileira Joelma.
O festival continua hoje à noite, com Anselmo Ralph (Angola), Dudu Nobre (Brasil), Anísio e Constantino, Djodje (Cabo Verde) e Alborosie (Itália).
O evento termina no domingo com Élida Almeida e Ferro Gaita (Cabo Verde), Os Calema (São Tomé e Príncipe) e Naldo Benny, cantor, dançarino e compositor brasileiro.
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