“Original, desafiante, mordaz. Os elogios a ‘Milkman’ atravessaram o mundo desde que ganhou o prestigiado Booker Prize 2018, consolidando-se depois ao vencer também os prémios National Book Critics Circle e Orwell para ficção política”, descreve a Porto Editora, responsável por trazer este romance à edição portuguesa.
Tendo como cenário o auge dos conflitos entre as duas irlandas nos finais dos anos 1970, a narrativa de “Milkman” é desenvolvida numa cidade sem nome, protagonizada por uma jovem de 19 anos, que é referida pela autora apenas como “a irmã do meio” que, todavia, guarda um segredo “talvez do seu namorado”.
Esta história dos encontros entre a adolescente e um homem casado que tem a reputação de seduzir jovens, e que é membro de uma organização paramilitar.
A jovem, anónima e igual a tantas outras, vê-se de repente envolvida num boato sem fundamento e é arrastada para um quotidiano pautado por uma violência que não sendo física é igualmente destruidora.
Uma “história de brutalidade, intromissão sexual e de resistência, tecida com um humor mordaz. […] Nenhum de nós leu algo assim antes”, descreveu o júri do Prémio Booker, na altura da sua atribuição.
Segundo a editora, trata-se de um romance marcado por um “original misto de inocência e perspicácia, com um estilo único, torrencial e anónimo muito próprio da oralidade”, em que “a narradora partilha com o leitor a sua vida, profundamente marcada pela violência física e psicológica”.
“Uma comovente história feita de rumores e falatório, de aceitação e resistência, de silêncio e surdez intencional, que decorre no auge dos conflitos entre as duas irlandas e que espelha o que de pior há no ser humano”, acrescenta a editora.
Este é o terceiro romance da autora britânica, nascida há 55 anos em Belfast, na Irlanda do Norte, e que recebeu críticas entusiásticas por parte da maioria das publicações literárias no Reino Unido.
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