Cissy Houston estava em cuidados paliativos devido à doença de Alzheimer e morreu rodeada pelos seus entes queridos, adiantou a família.
"Os nossos corações estão cheios de dor e tristeza. Perdemos a matriarca da nossa família. A mamã Cissy tem sido uma figura forte e imponente nas nossas vidas", destacou a sua nora, Pat Houston, numa mensagem aos meios de comunicação social.
Na nota, referiu-se à cantora – com uma carreira de mais de sete décadas que começou em 1938 como membro do grupo gospel Drinkard Four, que também incluía a sua irmã Anne – como uma mulher “de profunda fé e convicção, que se preocupava muito com a sua família, a sua congregação e a sua comunidade”.
“A sua carreira na música e no entretenimento permanecerá nos nossos corações. As suas contribuições para a música e cultura populares são incomparáveis”, pode ler-se ainda.
Em 1963, quando estava prestes a ter a sua filha Whitney, Cissy Houston formou o grupo 'The Sweet Inspirations' com a sua sobrinha Dee Dee Warwick e Doris Troy, que fizeram os coros para vários cantores de soul, incluindo Otis Redding, Lou Rawls, The Drifters e Dionne Warwick.
Dee De e Dionne são filhas da sua irmã Anne Lee.
A sua última atuação com o grupo foi depois de terem atuado com Elvis Presley em Las Vegas, em 1969.
À medida que os seus filhos foram crescendo, optou por terminar as digressões para se concentrar na sua carreira a solo, que lançou em 1970 com o álbum 'Introducing Cissy Houston'.
A cantora nasceu em 1933 na cidade de Newark, Nova Jérsia (EUA) como Emily Drinkard, a mais nova de oito irmãos.
Em 1955 casou com Freddie Garland e teve um filho, Gary Garland, que era jogador da NBA. Mais tarde, separaram-se.
Em 1957 voltou a casar, relação da qual resultou Michael, compositor e seu assistente, e a estrela da música, Whitney Houston.
Hosuton gravou vários álbuns ao longo da sua carreira, o último dos quais, 'Walk on By Faith' (2012). As obras 'Face to Face' (1996) e 'He Leadeth to me' (1997) ganharam o Grammy para 'melhor álbum/soul/gospel tradicional'.
Também fez coros em centenas de álbuns: 'The Divine Miss M.' e 'Ain't No Way' de Aretha Franklin (1967) e também na estreia de Bette Midler, em 1972.
A sua voz pode também ser ouvida em álbuns de Chaka Khan, Diana Ross, David Bowie, Jimi Hendrix, Paul Simon, Roberta Flack, Beyoncé, Donny Hathaway, Wilson Pickett e muitos mais, destacou a revista Variety.
Para além do seu trabalho como diretora do coro da Igreja Batista New Hope em Newark, Nova Jersey, Cissy atuou frequentemente em clubes da cidade de Nova Iorque nas décadas de 1970 e 1980.
Na década de 1990, teve de enfrentar o problema do vício da filha Whitney, que morreu em 2012, seguindo-se depois a morte da neta, Bobbi Kristina Brown – filha de Whitney – em 2015.
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