Segundo Adelaide Teixeira, as obras no edifício, que "apresenta algumas patologias", devem arrancar em fevereiro e prolongar-se por um período de dez meses.

"Vamos ampliar o museu para um edifício adjacente, que está devoluto, para poder ficar com salas mais amplas para acolher tapeçarias de maiores dimensões”, explicou a autarca.

As tapeçarias são um “ex-líbris” de Portalegre, que merecem, segundo Adelaide Teixeira, um espaço com “toda a dignidade”.

“Atualmente, os empreiteiros já estão a concorrer. Estamos a falar de uma obra com um custo de cerca 400 mil euros, financiados em 90% pelo Turismo de Portugal”, disse.

A autarca explicou ainda que, durante os trabalhos, o museu “não vai fechar” as portas ao público, começando as obras pela “intervenção maior”, que consiste na recuperação do edifício adjacente, atualmente devoluto.

Inaugurado a 14 de julho de 2001, o Museu da Tapeçaria de Portalegre “Guy Fino” presta homenagem ao industrial Guy Fino, que integrou Portugal na lista dos grandes produtores internacionais de tapeçaria artística.

Com áreas para exposições permanentes e temporárias, o espaço tem características únicas, entre as muralhas medieval e setecentista da cidade.

No piso térreo do museu é possível conhecer a história e a técnica de execução das Tapeçarias de Portalegre, enquanto no primeiro piso estão expostas obras de tapeçaria desde os finais dos anos 40 do século XX até à atualidade.

Neste espaço podem ser também apreciadas obras de vários autores, como Almada Negreiros, Júlio Pomar, Vieira da Silva, Eduardo Nery, Graça Morais, Jean Lurçat e Le Corbusier.

O museu possui ainda uma divisão alternativa para exposições e um auditório com capacidade para 115 pessoas, além de um jardim e espaços públicos com capacidade de adaptação a diversas atividades de caráter cultural, artístico e lúdico.