“Em julho, todos ao Parque Mayer!”, refere a Câmara Municipal de Lisboa, que oferece à cidade, em conjunto com a Junta de Freguesia de Santo António, “uma programação de música, exposições, itinerários, cinema, tertúlias e até boxe”, para comemorar os 100 anos do espaço dedicado aos teatros de revista.

Segundo uma nota da autarquia, a celebração do centenário arranca na sexta-feira, às 18:30, com a inauguração de uma exposição documental na Praça dos Restauradores, seguindo-se a abertura dos eventos no Parque Mayer, que vão decorrer até 31 de julho.

“O Parque Mayer, este espaço icónico da cidade de Lisboa desde 1922, convida todos para o seu centenário, revisitando ou conhecendo a história e as memórias deste lugar, que foi durante décadas o mais importante centro de diversão e de cultura da cidade de Lisboa”, indica a Câmara Municipal na nota.

Da programação de música, estão previstos vários concertos “do fado ao jazz, passando pelo ‘funk’, ‘soul’, ‘blues’, ‘dixie’, ‘rock e pop’”, que vão ter como palco o Parque Mayer, para recordar êxitos intemporais que fizeram parte da história da música portuguesa e do teatro de revista ao longo das décadas, dar a conhecer as novas vozes e bandas portuguesas ou para “simplesmente cantarolar e dar um pezinho de dança”.

Com organização da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), no cineteatro Capitólio, situado no Parque Mayer, está previsto um concerto da Orquestra de Jazz do Hot Clube de Portugal, na sexta-feira, às 21:30, assim como outras atuações durante todos os sábados do mês de julho, às 21:30, nomeadamente de Sara Correia, Black Mamba, que convida Adelaide Ferreira, Pedro Moutinho e Real Combo Lisbonense.

De acordo com a Câmara de Lisboa, serão apresentadas duas exposições documentais, uma na Praça dos Restauradores e outra no recinto do Parque Mayer, “que contam a história dos 100 anos deste polo cultural que elevou a revista à categoria de género de eleição”.

A oferta cultural inclui ainda itinerários que abordam a história do Parque Mayer ao longo de 100 anos, desde a sua génese até se transformar num polo cultural, e itinerários sobre a temática do cinema em Portugal, da sua relação com o Parque Mayer e com as grandes salas de exibição vizinhas, os cinemas da Avenida da Liberdade, indica a autarquia.

Nas sessões de cinema programadas serão exibidos diversos programas de “A Paródia: Comédia à Portugueza”, uma série documental e recreativa, realizada em 1987, dedicada a grandes figuras de comédia, do cinema e do teatro portugueses, onde se incluem entrevistas a António Silva, Maria Matos, Humberto Madeira, Laura Alves, Eugénio Salvador, Vasco Santana, Beatriz Costa, Costinha, Ribeirinho, Mirita Casimiro, Barroso Lopes, entre outros.

Relativamente às tertúlias, o desafio é “descobrir como era afinal a vida no Parque Mayer”, convidando as pessoas que ali viveram e conhecem este espaço cultural por dentro, para partilharem as suas histórias na primeira pessoa, assim como artistas, trabalhadores, espetadores e conhecedores das vivências do recinto de teatros de revista.

Lembrando-o como um espaço “eclético” e “o maior centro de diversão e cultura de Lisboa do início do século XX”, a Câmara Municipal destaca o percurso do Parque Mayer, que foi ao longo de décadas o mais famoso ponto de encontro da população, mas também de artistas, intelectuais, políticos e empresários.

A autarquia está a reabilitar a zona “com o intuito de recuperar os teatros e voltar a posicionar o Parque Mayer como um espaço de cultura de referência na cidade”.

O trabalho de reabilitação do Parque Mayer foi iniciado pelo anterior executivo municipal, sob a presidência de Fernando Medina (PS), e está a ter continuidade com o atual presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), que prevê que o Teatro Variedades, situado neste espaço e desativado há cerca de três décadas, deve reabrir “no primeiro trimestre de 2023”.

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