No concerto no dia 25, Paulo Furtado estará acompanhado pelo saxofonista João Cabrita para interpretar um repertório de canções que passará por todos os álbuns, algumas versões “e o resto é surpresa”.
“O mais particular é sempre o dia e o local e a vibração das pessoas, que é um bocadinho diferente do resto do ano. Em 2020 estava super doente, o concerto estava marcado e não o pude fazer”, lembrou o guitarrista.
Paulo Furtado recorda que o dia de Natal também pode ser uma data muito solitária para algumas pessoas e foi isso que o levou a manter este ritual, desde a primeira vez que fez “Fuck Christmas I Got The Blues” na ZDB em 1999. Este ano, o concerto será “Fuck 2021 (and 2020), I got the Blues!”.
“É necessário celebrar e fazer coisas que nos façam felizes, e a ZDB é um desses sítios onde para mim é sempre mágico, porque todas as pessoas que lá vão gostam de música e gostam dessa comunhão”, sublinhou.
Quem for à ZDB terá de fazer teste à covid-19 e apresentar certificado digital de testagem ou certificado de recuperação.
O concerto acontece no final de um ano bastante ocupado para Paulo Furtado, em particular pela participação no musical “Andy”, de Gus Van Sant, estreado em Lisboa e que em 2022 andará em digressão pela Europa, e pela reposição da peça “Última hora”, de Rui Cardoso Martins, marcada para janeiro em Lisboa.
A isto junta-se “um disco novo quase fechado e que sairá em 2022”.
“Espero que seja [um ano] mais feliz em todos os aspetos. Este é um disco bastante diferente de tudo o que tenho feito para trás, será um ano de renovação, até do espetáculo ao vivo”, adiantou.
A tradição de atuar na ZDB remonta a 1999, coincidindo com o tempo em que Paulo Furtado lançava o ‘alter ego’ The Legendary Tigerman, ainda sem qualquer álbum a solo editado.
Em vez de mensagens de harmonia e paz no melhor espírito natalício, a premissa do músico era dar blues-rock para quem não queria ficar em casa a cumprir a quadra de Natal.
Se no primeiro concerto não estariam mais de uma dezena de pessoas, os seguintes tornaram-se um ritual de lotação esgotada. Chegaram a ser marcados concertos nos dias seguintes.
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