Com curadoria de Marina Bairrão Ruivo e Sandra Santos, a exposição intitula-se “Maria Helena Vieira da Silva. Obra gráfica – L’ Inclémence Lointaine de René Char”, e resulta de uma colaboração do museu espanhol com a Fundação Arpad Szenes/Vieira da Silva.
Até 16 de setembro, a exposição apresenta uma seleção da extensa obra gráfica criada “por aquela que foi uma das artistas portuguesas mais importantes e de maior projeção internacional do seu tempo”, segundo um texto do museu colocado no seu sítio ‘online’.
“María Helena Vieira da Silva, nascida na primeira década do século XX, deixou o seu nome junto aos mais importantes criadores da Escola de Paris, nos anos do pós-guerra na Europa”, acrescenta.
As gravuras, segundo o MEIAC, “têm um significado próprio no conjunto da obra plástica de Maria Helena Vieira da Silva, que não perturba o seu desenvolvimento ou modifica o seu sentido, mas, antes pelo contrário, prolonga e amplia o alcance da totalidade das 25 peças gravadas a buril que fez para ‘L’Inclémence lointaine’ (1961), do poeta francês René Char”.
Junto a estas gravuras pode ver-se igualmente uma ampla seleção de outras que dão conta da diversidade de recursos técnicos e expressivos patentes na extensa obra gráfica da artista: peças realizadas em buril, água-tinta, serigrafias, litografias.
As peças cobram um período de cerca de 30 anos, apresentando, em 1960 e 1961, “a diversidade temática e plástica, a plena maturidade da artista, que se torna inconfundível”.
Criada ainda em vida de Maria Helena Vieira da Silva, uma das mais importantes pintoras portuguesas, e instituída por decreto-lei em 10 de maio de 1990, a Fundação Arpad Szenes — Vieira da Silva tem como missão garantir a existência de um espaço, em Portugal, onde o público possa contactar permanentemente com a obra dos dois pintores.
Na quarta-feira, celebram-se os 110 anos do nascimento da pintora, e a entidade vai realizar um dia inteiro de iniciativas para festejar a data, com visitas guiadas a exposições, ateliers, cinema e uma feira do livro.
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