De acordo com a Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML), entidade que gere estes monumentos nacionais, estão previstos oito concertos que vão abordar as sonoridades dos séculos XVII, XVIII e XIX, e uma ‘masterclass’, em parceria com Centro de Música Barroca, de Versalhes, do maestro Fabien Armengaud.
A Temporada de Música da PSML tem direção artística do maestro Massimo Mazzeo e organização conjunta com a Divino Sospiro — Centro de Estudos Musicais e Setecentistas de Portugal.
Na sexta-feira, no salão nobre do Palácio da Pena, os Portuguese Chamber Soloists tocam “Os grandes compositores para sopros e piano”, um programa que inclui obras de Mozart, Schubert e Beethoven.
No sábado, no Palácio da Vila, no centro histórico de Sintra, realiza-se o concerto “Parnaso no Feminino”, na sala dos Cisnes, pelo Le Concert de l’Hostel Dieu.
O concerto, no âmbito da Temporada Portugal-França 2022, inclui obras de várias compositoras da corrente filosófico-artística do Iluminismo, nomeadamente Elisabeth-Claude Jacquet de la Guerre (1665-1729), de quem o rei Luís XIV foi mecenas.
No dia 21 de outubro volta-se a evocar o ambiente musical promovido pelo rei Fernando II, no Palácio da Pena, com o pianista João Paulo Santos, a soprano Susana Gaspar, a meio-soprano Patrícia Quinta, e ainda Lurdes Carneiro (fagote).
O concerto intitula-se “Boémia – Conservatório da Europa”, cujo alinhamento inclui peças de compositores como Dvorák e Mahler, que foram “determinantes para a estética musical europeia do século XIX”.
No Palácio Nacional de Queluz realizam-se cinco concertos: no dia 22, na sala do Trono, o violinista Erich Hobart e o cravista Aapo Häkkinen apresentam um programa constituído pelas seis sonatas para violino e ‘cravo obbligato’, de Johann Sebastian Bach (1685-1750).
No dia 28 de outubro, novamente na Sala do Trono, atua o agrupamento Le Concert de la Loge, também no âmbito da Temporada Portugal-França 2022, com concerto “No Salão do Palais Royal”, que visa levar “o público para as vésperas da Revolução Francesa [1789], e é uma homenagem à música dos salões que caracterizou este tempo, em que se destacaram compositores como Sacchini, Gluck, Lemoyne e Vogel”.
“Num formato especialmente concebido para o público mais jovem”, no dia 30, na sala do Trono, no Palácio de Queluz, a Orquestra Divino Sospiro apresenta “Dom Quixote no Casamento de Comacho”, de Georg Philipp Telemann. Uma serenata inspirada no romance de cavalaria “D. Quixote de La Mancha”, de Miguel Cervantes.
A temporada prossegue em novembro com dois concertos: no dia 04, Stefania Neonato apresenta um recital intitulado “Pianistas itinerantes e a criação da Europa”, na sala de Música de Queluz, tocando no pianoforte histórico deste palácio obras de Bomtempo, Beethoven e de Clementi, que foi o construtor deste instrumento.
A Orquestra Divino Sospiro e o Nova Era Vocal Ensemble encerram a temporada no dia 05 de novembro com o concerto “Sacro Vivaldi — a música sacra do padre ruivo”, na sala do Trono do Palácio de Queluz. Neste concerto é proposto conhecer “uma faceta menos conhecida” do compositor italiano autor das “Quatro Estações” (1725).
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