Em declarações à agência Lusa, Bruno Pacheco, secretário-geral da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que organiza a feira, referiu que esta edição foi “muito penalizada pelo tempo, que esteve muito irregular e muito incomum para junho”.

Pacheco afirmou que, apesar das condições atmosféricas, perspetiva que “o saldo [das vendas], se não for favorável, pelo menos será neutro”, relativamente ao do ano passado.

O responsável afirmou à Lusa que há a esperança de que, na quarta-feira, “o último dia da feira, vá permitir que as vendas superem as do ano passado”, recordando que, “nos últimos quatro anos, com maior ou menor expressão, [estas] têm sempre aumentado”.

Bruno Pacheco, considerando “prematuro” avançar dados, disse que, “de uma forma geral, a feira teve um ligeiríssimo crescimento [em termos de vendas], mas não na ordem dos dois dígitos”.

Em 2017, as estimativas da APEL, adiantadas à agência Lusa, apontavam para cerca de 400 mil livros vendidos, e uma receita que rondava os quatro milhões de euros.

A 88.ª Feira do livro de Lisboa, que abriu no passado dia 25 de maio, teve o maior número de participantes de sempre, com 294 pavilhões e 626 marcas editoriais.

Quanto a visitantes, o responsável afirmou que está “expectante”, e acredita que vai ultrapassar o meio milhão de pessoas.

No ano passado, a feira contabilizou 537 mil visitantes.

Quanto ao volume de livros vendidos, sublinhando a expectativa relativamente ao feriado municipal de Santo António, Bruno Pacheco acredita que “venha a rondar os 400 mil”, como no ano passado.

Quarta-feira, “o último dia pode trazer à feira um bom crescimento, sabendo que os feriados são dias muito bons de feira”, afirmou, referindo que o anterior feriado, 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, “muitos editores disseram que foi o seu melhor dia de feira de sempre, desde que participam”.

“Ainda não falei com nenhum participante que me dissesse que está insatisfeito com a feira deste ano, e estão todos à espera do último dia, para que seja uma grande feira”, declarou.

Quanto ao número de iniciativas paralelas, as 1.691 contabilizadas no ano passado, devem ser ultrapassadas na atual edição, pois até terça-feira à tarde contavam-se 1.596.

Este ano, entre outros eventos, está previsto a apresentação da obra vencedora do Prémio Literário UCCLA, “Equilíbrio Distante”, do paraguaio Óscar Ruben Lopez Maldonado, e do finalista da edição deste ano do Prémio Man Booker internacional, “Como a sombra que passa”, do escritor espanhol Antonio Muñoz Molina.

Será também feito o lançamento de “Fausto” e “Teatro Estático”, de Fernando Pessoa, com a presença de Jerónimo Pizarro, investigador da obra do poeta.

A Feira deste ano, tal como aconteceu no ano passado, contou com a visita de editores estrangeiros, designadamente as mexicanas Trilce Ediciones e Ediciones Arlequín, e as alemãs fischerverlage.de e C.H.BECK.

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