A notícia foi avançada pelo jornal Público e, embora o anúncio oficial deva ocorrer só em janeiro, Pedro Sobrado vai suceder a Francisca Carneiro Fernandes, que ocupava o cargo desde 2009, e cujo mandato terminou no mês passado.
Fonte da Secretaria de Estado da Cultura confirmou à Lusa que “está em curso o processo para nomeação do novo conselho de administração para o mandato 2018-2020, tendo [sido] convidado Pedro Sobrado para assegurar a Presidência”.
A mesma fonte recorda que o novo conselho de administração vai ser nomeado por resolução do Conselho de Ministros, na sequência de parecer da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública.
Nascido em 1976, Pedro Sobrado é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior, pós-graduado em Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Nova de Lisboa e mestre em Estudos de Teatro pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP).
De acordo com a nota curricular existente na FLUP, onde prepara uma tese de doutoramento sobre Gil Vicente e o “Breve Sumário da História de Deus”, Pedro Sobrado trabalhou como dramaturgista em diversos espetáculos do Teatro Nacional São João, instituição à qual está ligado desde 2000, tendo começado como assessor de imprensa, para depois passar para o departamento de Edições, em 2006.
Além de coordenar e comissariar colóquios e ciclos de conferências, tem trabalhado com as Comédias do Minho, o São Luiz Teatro Municipal, de Lisboa, o Balleteatro, entre outros, sendo professor de Literatura Dramática na Universidade Lusófona do Porto, onde é codiretor da licenciatura em Artes Dramáticas – Formação de Atores.
Na apresentação da programação do primeiro trimestre de 2018, já este mês, Francisca Carneiro Fernandes mencionou o “processo difícil, mas positivo e produtivo” de construção dos novos contratos-programa, em que ficou consagrada a estratégia e o espaço para que os teatros tivessem “uma palavra a dizer”.
Com o aumento da indemnização compensatória do Estado, para 2018, que regressou aos 4,9 milhões de euros de 2010, a primeira condição é poder, “a muito breve trecho, compensar financeiramente” a equipa e conseguir o seu reforço.
“A partir de 2018 vamos ter um contrato-programa, que a equipa do secretário de Estado finalmente conseguiu, bastante mais certeiro e concreto em termos de instruções dadas pela tutela, sobre as orientações que temos de seguir, e algumas garantias por que vínhamos a lutar”, apontou a presidente, que garantiu que o novo documento, que vigorará por três anos é, reforçou, “uma boa notícia”.
O TNSJ engloba dois espaços, além do próprio Teatro Nacional São João: o Teatro Carlos Alberto e o Mosteiro de São Bento da Vitória.
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