Jokha Alharthi é a primeira escritora omanita traduzida para inglês e, em simultâneo, a primeira autora a escrever em árabe distinguida com o galardão, segundo comunicado da organização.
Alharthi, inédita em Portugal, é autora de dois outros romances, de duas coletâneas de contos e de um livro para crianças, tendo o seu trabalho sido publicado em inglês, alemão, italiano, coreano e sérvio, destaca a organização do prémio Booker, no comunicado hoje divulgado, que assinala também a última edição apoiada pelo grupo Man.
A autora recebera já os prémios Sahikh Zayed para jovens escritores e o prémio de melhor romance publicado em Omã, com "Celestial Bodies".
A tradutora norte-americana Marilyn Booth, especializada em árabe, está ligada à Magdalen College, em Oxford, e detém a cátedra Khalid bin Abdallah Al Saud para o Estudo do Mundo Árabe Contemporâneo no Instituto Oriental.
O livro premiado foi escolhido por um júri de cinco elementos, presidido pela historiadora Bettany Hughes, e composto pela presidente do PEN inglês, Maureen Freely, pela filósofa Angie Hobbs e pelos escritores Elnathan John e Pankaj Mishra.
“Um livro que conquista a mente e o coração de formas iguais, que merece ser lido com calma. Vozes e linhas temporais entrelaçadas são servidas pelo ritmo do livro. A sua delicada arte atrai-nos para uma comunidade ricamente imaginada – que se abre para abordar questões profundas de tempo e mortalidade e aspetos perturbadores da nossa história comum”, afirmou a presidente do júri, citada no mesmo comunicado.
No ano passado, o prémio Man Booker Internacional foi atribuído ao livro “Flights”, da polaca Olga Tokarczuk, a primeira autora daquela nacionalidade a vencer o galardão. O livro chegou às livrarias portuguesas já este ano, com o título “Viagens”, editado pela Cavalo de Ferro.
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