“É um convite à descoberta da nossa região, das nossas gentes, do nosso património, da nossa cultura e da arte de bem receber. É um convite a visitar a nossa região numa primeira edição de “Portas Abertas”, anunciou o secretário executivo da CIM.

Nuno Martinho disse que a iniciativa, que decorre entre 13 e 15 de outubro, conta com “momentos culturais, experiências gastronómicas, provas de vinho, atividades sensoriais e outros desafios dos produtores” que acolhem a iniciativa.

Na edição de estreia de “Portas Abertas” estão a Casa da Ínsua (Penalva do Castelo), Magnum Wines (Carregal do Sal), Quinta de Lemos (Viseu), Quinta da Taboadela (Sátão), Paço dos Cunhas de Santar (Nelas) e Soito Wines (Mangualde).

“A escolha das quintas surgiu através de convite, depois de enviarmos a todos os agentes económicos da região um regulamento com todas as condições necessárias para a iniciativa e onde vimos quais é que preenchiam os critérios definidos”, especificou.

E, em caso de empate, continuou Nuno Martinho, “havia um critério muito importante, o da distribuição espacial, ou seja, apesar de haver concelhos com mais do que um agente económico com os critérios, foi escolhido um só por concelho”.

“São seis espaços em seis municípios, mas temos todas as condições para ter mais três, quatro ou seis quintas, porque o objetivo é dar continuidade ao programa e crescer” no seio dos 47 produtores que integram a Rota do Vinho, defendeu.

Nuno Martinho destacou que, através do novo quadro comunitário de apoio, a CIM “terá oportunidade de apoiar empresas de vários setores” como, por exemplo, os “produtores que se queiram modernizar e preparar para acolherem eventos” destes.

Eventos que o presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão, Arlindo Cunha, destacou pela sua importância, “não só pelo vinho como pela gastronomia, que é muito forte na região”, e por outras duas “razões fundamentais”.

Ou seja, justificou, “os produtores e as adegas conseguem promover os seus vinhos junto dos turistas sem investirem em publicidade” e “porque a venda direta do vinho representa 35% a 45% do ganho adicional, porque não pagam aos distribuidores”.

“O enoturismo é um caminho a seguir, tem de ser uma aposta muito forte e é muitíssimo importante que instituições como a CIM, que tem uma visão horizontal do território, possa ter esta intervenção na economia”, defendeu Arlindo Cunha.

Uma intervenção que o presidente da CIM Viseu Dão Lafões, Fernando Ruas, disse ser de “extrema importância, mas que não pode ser isolada, ou seja, estar o poder local a investir e depois o poder central não fazer o seu trabalho”.

“Nós fazemos o que é da nossa responsabilidade, mas se não houver investimento público, do poder central, para que os turistas possam vir ao nosso território em segurança, o nosso trabalho não tem impacto, não dá frutos”, sustentou Fernando Ruas.