A nova plataforma, disponível em https://livros.reli.pt/, agrega informação sobre os catálogos de cada uma das livrarias participantes, permitindo aos utilizadores pesquisá-los em simultâneo, de acordo com vários critérios e proceder à respetiva encomenda.

Dada a diversidade das livrarias registadas, é possível encontrar livros novos, usados, e ainda uma secção de livros raros, indica o ministério, adiantando que a plataforma conta atualmente com livros de 69 livrarias diferentes e com um catálogo "em crescimento".

No caso de um título não estar disponível 'online', pode ser feito um pedido às livrarias da ReLI, "que responderão diretamente ao interessado", acrescenta.

Esta plataforma é resultado de uma parceria entre o Ministério da Cultura, através da Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), a Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) e a ReLI, na sequência da assinatura, em setembro de 2020, de dois memorandos de entendimento no âmbito da promoção da língua e cultura portuguesas.

Na altura, os memorandos foram assinados com o objetivo de impulsionar o setor do livro, uma necessidade que se revelou urgente durante a pandemia.

Esta solução surgiu após o estado de emergência, da necessidade de identificar medidas para apoiar as livrarias independentes.

“Foi um trabalho que foi sendo feito ao longo de meses com a ReLI, de identificar medidas concretas e o que é que seria mais importante, mais estruturante, para o setor, das várias medidas que poderíamos fazer em conjunto. Esta, em particular, foi logo identificada pela ReLI, que tinha o projeto para o desenvolvimento de uma plataforma própria de comercio eletrónico”, explicou então a ministra da Cultura, Graça Fonseca, que presidiu à cerimónia.

A grande questão era o financiamento de uma plataforma própria da ReLI, problema que foi contornado através de um acordo com a INCM, que já dispõe de uma plataforma, para que disponibilizasse parte desse espaço às livrarias e editoras independentes, para fazerem as suas vendas ‘online’.

Para Graça Fonseca, este era um passo que tinha de ser dado, porque Portugal precisa de aumentar a sua capacidade de vender livros à distância.

A situação de estado de emergência, que obrigou ao encerramento das livrarias e, posteriormente, permitiu apenas a venda ao postigo, veio pôr a nu esta necessidade e veio arrasar ainda mais um setor que já estava enfraquecido.

“Temos mesmo que caminhar para promover o comércio eletrónico. Esta ferramenta é muito importante e a pandemia só veio revelar o quão relevante é. Já era antes da pandemia, tornou-se mais evidente durante a pandemia e queremos que constitua uma alavanca para o futuro, de poder ser uma forma diferente de chegar às pessoas com os livros”, disse, frisando que nada pode ficar igual depois da pandemia e que o setor do livro tem de sair desta situação mais forte do que entrou.

Sobre o risco de o aumento das vendas ‘online’ conduz a um ainda maior encerramento das pequenas livrarias, Graça Fonseca mostrou-se descansada, considerando que ambas as formas de comércio podem coexistir de forma “equilibrada”.

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