Depois de começar o ano com a britânica Tacita Dean, Serralves vai apresentar exposições do trabalho da norte-americana Susan Hiller, já existente na coleção da fundação, seguindo-se, em julho, a exposição “Celebrar a Coleção – Serralves 1989-2019”, que vai ficar patente até outubro.
Em setembro, a Casa de Serralves recebe uma exposição de Paula Rego, que terá como ponto de partida o núcleo de obras da artista portuguesa na coleção de Serralves, comissariada pela diretora interina, Marta Almeida. No mesmo mês, o museu acolhe “Álvaro Siza – (In)disciplina”, comissariada por Nuno Grande com Carles Muro.
“A instituição homenageia o arquiteto e autor deste notável edifício, a quem dedica uma exposição original e crítica sobre o seu percurso criativo de mais de seis décadas”, pode ler-se no plano de atividades da fundação.
Antes de o ano acabar, ainda haverá espaço para o museu incluir uma exposição que aborda a carreira de Pedro Cabrita Reis desde 1980, também comissariada por Marta Almeida.
Ao longo de 2019, Serralves vai ainda receber a exposição “I’m Your Mirror”, de Joana Vasconcelos, vinda de Bilbau, em Espanha, uma exposição sobre autoedição no Porto intitulada “Faça-Você-Mesmo”, uma mostra de Horácio Frutuoso, a exposição da nova-iorquina Joan Jonas proveniente da Tate Modern, enquanto no museu e no parque será apresentada uma mostra de trabalhos de Olafur Eliasson.
A presidente do conselho de administração da fundação, Ana Pinho, classificou 2019 como tendo uma “programação muitíssimo ambiciosa, totalmente centrada no aniversário”, salientando também a abertura da Casa do Cinema Manoel de Oliveira e “o desenvolvimento da Coleção Miró”, dando uma renovada atenção ao Parque de Serralves.
A programação de 2019 inclui também vários momentos já habituais como Serralves em Festa, Há Luz no Parque e Jazz no Parque, entre outros.
Questionada pelos jornalistas no final da apresentação sobre quando é que Serralves vai anunciar a nova direção do museu, a cargo de Marta Almeida desde a saída de João Ribas, Ana Pinho reafirmou ser “um processo que está a decorrer e dentro de algum tempo [serão dadas] novidades”. Em relação ao Parque de Serralves, cuja direção está igualmente vaga desde a saída de João Almeida, Ana Pinho disse que também haveria novidades para breve.
Sobre se a programação para 2019 se ressentiu da saída de João Ribas, após a polémica com a exposição de Robert Mapplethorpe que levou à ida das duas partes à comissão parlamentar de Cultura, a presidente do conselho de administração disse que tal não é o caso.
“Realmente acho que não se ressente, mas poderão julgá-lo. Tanto os jornalistas como o público julgará. Acho que é uma programação extraordinária que celebra da melhor forma não só o museu, mas o parque e a Casa do Cinema que é uma nova valência. De facto, como sabem, as programações são sempre pensadas com algum tempo de antecedência e em especial esta que celebra os 30 anos, por isso a nossa programação é exatamente aquilo que gostaríamos de apresentar nestes 30 anos”, declarou Ana Pinho.
Em 2018, segundo os dados divulgados hoje, Serralves recebeu o maior número de visitantes de sempre (946.932), uma subida de 13% face ao ano anterior.
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