Com autoria de Fátima Bernardo e Nuno Feist, estando a primeira à frente da direção do projeto e o segundo a cargo da direção musical, “Sim, sou eu… Simone” o concerto, com lotação esgotada, tem encenação de Henrique Feist.
“Simone vai deixar-se levar por arranjos musicais surpreendentes, onde a ligação profunda que os une será uma das formas mais bonitas de agradecer a todos os músicos e maestros que a acompanharam ao longo de todos estes anos”, indicou a organização do concerto, em comunicado, aquando do anúncio em fevereiro.
Em entrevista à Lusa já este mês, Simone de Oliveira reconheceu estar, aos 84 anos, “muito cansada”.
Nessa entrevista, Simone admitiu ser uma “velha um bocado diferente”, que gosta de beber um copo de whisky com os amigos ou uma cerveja acompanhada de tremoços, porém, assume-se “idosa, velha”.
“Não posso ser nova aos 84 anos”, disse, partilhando o quanto lhe faz impressão ver pessoas da sua faixa etária “a serem maltratadas, ignoradas, muitas vezes pelos próprios filhos”. “Lembrem-se dos velhotes. As coisas velhas têm ontem”, apelou.
Em 2020, depois de uma ausência dos palcos devido ao confinamento para prevenir a expansão da pandemia de covid-19, Simone de Oliveira atuou em Lisboa e, na altura, afirmou à Lusa: “Nunca tal me aconteceu. Eu já perdi a voz, lá recuperei a voz, já passei as passas do Algarve com alguns problemas de saúde, mas nesta altura este confinamento é muito complicado”.
Em 1969, Simone de Oliveira ganhou pela segunda vez o Festival RTP da Canção com “Desfolhada Portuguesa”, com a qual representa Portugal no Festival da Eurovisão, em Madrid. No final desse ano perdeu a voz. Simone de Oliveira fez então jornalismo, rádio, locução de continuidade e apresentou um concurso Miss Portugal e espetáculos no Casino Peninsular da Figueira da Foz.
A intérprete de “Sol de inverno”, entretanto, recuperou a voz, gravou um disco com temas de autoria de José Cid, e em 1973 voltou a concorrer ao Festival RTP com “Apenas o meu povo”, conquistando o Prémio de Interpretação.
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