A mostra reúne trabalhos que representam uma seleção de obras de referência do seu percurso artístico de mais de 40 anos, feita por Martim Brion, e tem um teor retrospetivo, embora não seja uma mostra retrospetiva formal, segundo a curadoria.
Com inauguração prevista para sexta-feira, às 18:00, na Fundação Carmona e Costa, a exposição vai ser acompanhada por um livro com textos de José Luís Porfírio, Jorge Silva Melo, Ricardo Escarduça e Martim Brion.
Nascida em Lisboa, em 1960, a artista tem desenvolvido o seu trabalho na pintura, desenho, colagem, ilustração, design gráfico, desenho têxtil e cenografia, num estilo com foco em formas não geométricas, de forte cromatismo e teor orgânico e gestual.
Sofia Areal iniciou formação em Inglaterra, com os cursos de Design Têxtil e o Foundation Course, do Hertfordshire College of Art and Design, em St. Albans (1979-81), regressou a Portugal e estudou nos ateliês de gravura e pintura do centro de artes Ar.Co., em Lisboa.
A obra de Sofia Areal está representada em coleções de várias entidades, nomeadamente a Fundação de Serralves, no Porto, o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e na Casa da Cerca Centro de Arte Contemporânea, em Almada.
Expõe coletivamente desde 1982 e, individualmente, desde 1990. Em 2011, apresentou, na Galeria do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, em Lisboa, com produção dos Artistas Unidos, uma exposição antológica de dez anos de trabalho.
Em 2016, estreou-se o documentário “Sofia Areal: Um gabinete anti-dor”, com realização de Jorge Silva Melo, com imagem de José Luís Carvalhosa, som de Armanda Carvalho e montagem de Vítor Alves e Miguel Aguiar.
O documentário teve as filmagens iniciadas em 2011 e foi criado, não no sentido retrospetivo, mas acompanhando a artista na sua atividade, no ateliê.
“Aquilo que me interessou foi ver a Sofia Areal pensar pintando, pintar pensando”, o ofício “dessa mão que todos os dias faz a alegria”, descreveu Jorge Silva Melo sobre a artista, na apresentação do documentário.
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