Num comunicado hoje divulgado, o teatro recorda que, embora o edifício da Praça D.Pedro IV, conhecida como Rossio, esteja encerrado, continua “a promover atividades em todo o país e, ao mesmo tempo, a apresentar-se em vários espaços culturais da cidade de Lisboa”.
Entre setembro e dezembro apresentará 15 espetáculos em vários concelhos do país, aos quais se somam seis projetos de participação, encontros, conversas, debates, fóruns, lançamentos de livros, ações de formação, atividades para público escolar, uma exposição e ainda uma conferência sobre Democracia Cultural.
Nesse âmbito, o Teatro Tivoli, em Lisboa, vai acolher, de 22 a 28 de novembro, o espetáculo “O Misantropo – por Hugo van der Ding e Martim Sousa Tavares a partir Molière”, com encenação de Mónica Garnel, que esteve em digressão no ano passado e se apresenta pela primeira vez na capital.
Ainda em novembro, serão apresentados, em vários espaços de Lisboa, no âmbito do festival Alkantara, os espetáculos “Cartas de Fogo”, de Ellen Pirá Wassu, Ritó Natálio e Uýra Sodoma, do Brasil, “Dear Laila”, de Basel Zaraa, da Palestina, “Mike”, com criação e interpretação da canadiana Dana Michel, de ascendência caribenha, e “The International Dance Lecture Series: On Time”, da libanesa Alia Hamdan.
Já em dezembro, Ana Tang e Guilherme Gomes estreiam “Uma peça para quem vive em tempo de extinção”, com texto da dramaturga norte-americana Miranda Rose Hall, cofundadora e diretora artística do LubDub Theatre Co., em Nova Iorque.
O espetáculo, originalmente concebido e dirigido pela encenadora britânica Katie Mitchell, estará em cena no Teatro do Bairro Alto, de 05 a 08 de dezembro.
“Pensado para ser apresentado em vários países, com recursos e equipas locais, sem a deslocação de pessoas ou objetos, esta criação sustentável" está integrada no "projeto europeu STAGES (Sustainable Theatre Alliance for a Green Environmental Shift), financiado pela União Europeia”, refere o teatro.
Também entre setembro e dezembro, o Teatro Nacional D. Maria II vai levar a vários pontos do país os espetáculos “Luta Armada”, de André Amálio e Tereza Havlíčková, pela companhia Hotel Europa, “Onde é a guerra?”, de Catarina Requeijo, “Diário de uma República II”, de Fernando Giestas, da Amarelo Silvestre, “Terminal – O estado do mundo”, de Inês Barahona e Miguel Fragata, da Formiga Atómica, “25 de Abril de 1974”, de Jorge Andrade, da mala voadora, “Quis saber quem sou”, de Pedro Penim, “As Castro”, de Raquel Castro, e “Guião para um país possível”, de Sara Barros Leitão, da plataforma Cassandra.
Entre as localidades que vão receber espetáculos contam-se Paredes de Coura, Cartaxo, Faro, Portalegre, Pombal, Carrazeda de Ansiães, Borba, Campo Maior, Fundão, Idanha-a-Nova e Sever do Vouga.
A programação do Teatro Nacional D.Maria II para a última parte deste ano inclui também o programa de arte participativa Atos, desenvolvido em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, “através do qual são viabilizados projetos artísticos participativos em seis concelhos de todas as regiões do país (Évora, Funchal, Lamego, Loulé, Ponta Delgada e São João da Madeira), bem como fóruns, ações de formação e uma conferência sobre Democracia Cultural”, que acontecerá em outubro na sede da fundação, em Lisboa.
Até ao final do ano, é possível visitar-se no Museu Nacional do Teatro e da Dança, em Lisboa a exposição “Quem és tu? – Um teatro nacional a olhar para o país”.
No último quadrimestre de 2024, o D.Maria promove ações de formação, oficinas, atividades em escolas, conversas, encontros, debates e lançamentos de livros.
O Teatro Nacional D. Maria II encerrou no início de 2023 para obras de requalificação, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Inicialmente previa-se que reabrisse um ano depois. Em novembro de 2023, porém, a data de reabertura foi adiada para o início de 2025, acabando por sofrer novo adiamento para 2026.
Na passada sexta-feira, o Conselho de Administração daquele teatro, num comunicado enviado à agência Lusa, referia que “a complexidade de uma obra desta envergadura, num edifício histórico classificado como monumento nacional, acarreta o risco de ocorrência de imprevistos e trabalhos complementares, pelo que se estima agora a reabertura do Teatro ao público no início de 2026”.
O edifício está a ser alvo de “uma profunda intervenção, que envolve a renovação e o restauro de várias áreas [...], incluindo espaços públicos, técnicos e de bastidores”.
O Teatro Nacional D. Maria II está, desde o encerramento, a desenvolver o programa “Odisseia Nacional” em parceria com concelhos de todas as regiões de Portugal continental e ilhas.
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